Mato Grosso, 23 de Abril de 2024
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Acusados de envolvimento na morte de pecuarista são presos por coação e fraudes em MT

21.08.2015
07:20
FONTE: Assessoria

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O apresentador de um programa de televisão, uma empresária, um advogado, um bacharel em Direito e outras duas pessoas  foram presas pela Polícia Judiciária Civil, em São José do Rio Claro (315 km a Médio-Norte),  por crimes de coação no curso do processo, fraude processual, denunciação caluniosa e formação de quadrilha.
 
Segundo as investigações, o grupo criou provas falsas para o indiciamento de outras no processo criminal do assassinato do pecuarista, João Teixeira, conhecido por "João Araguaia", ocorrido no dia 9 de junho de 2014. A vítima foi abordada por dois homens a bordo de uma moto e alvejada.
 
Foram presos o apresentador de TV, Adeilson Correia,  o advogado Antônio Marcos, o bacharel em Direito, João Leonardo, e também Evandro de Melo, conhecido por Zé Bica. A empresária Patrícia  Brito Marta, conhecida por Patrícia Slovinsk, por ser esposa do mandante, foi presa na cidade de Tangará da Serra e Wedson Feitosa, o "Tampa", em Cuiabá.
 
As prisões começaram a ser efetuadas na noite de quarta-feira (19) e na manhã desta quinta-feira (20). Todos estão sendo ouvidos na Delegacia da Polícia Civil. A prisão de cinco dos suspeitos é de 5 dias, podendo ser prorrogada por mais 5. A empresária está presa por prisão temporária de 30 dias.
 
O mandante do crime, Odirlei Slovinsk, foi preso abril de 2015, por mandado de prisão preventiva. Os executores Luiz Fernando dos Anjos Silva, 19, e Erivaldo de Oliveira Gomes, 20, estão presos desde agosto de 2014. O crime foi motivado por uma dívida de cerca de R$ 1 milhão que o acusado tinha com a vítima.
 
Depois da prisão dos três, o grupo passou a coagir testemunhas e pedia a saída do delegado Nilson André Farias de Oliveira  e toda equipe de investigadores e escrivães da Delegacia de São José do Rio Claro. O pedido foi indeferido pela Justiça.
 
De acordo com o delegado, Nilson Farias, depois da morte da estudante Isabela Cazado, um familiar da vítima disse  "que sabia a dor de perder uma pessoa da família e ninguém querer ajudar" e contou o que sabia sobre a morte do pecuarista. A partir das informações, um segundo inquérito foi instaurado para apurar novos envolvidos no homicídio.
 
"Quando a gente passou a ter elementos para prender outros envolvidos eles fazem a fraude processual para incriminar a viúva e familiares", explicou o delegado Nilson.  
 
Provas montadas foram entregues ao Ministério Público da cidade, que encaminhou a Delegacia para novas investigações. Na apuração, a Polícia Civil acabou descobrindo que a prova apresentada era forjada e que testemunhas foram pagas para mentir no processo. Ela ganhou um Cintroen C3 e R$ 50 mil e uma segunda testemunha iria receber uma motocicleta.
 
Conforme o delegado, a prova forjada era uma conversa  via WhatsApp incriminando a viúva. A mensagem era uma conversa falsa trocada entre um preso e o primo da viúva. "O print da conversa que eles apresentaram dizia que era 40 dias depois do homicídio, e tinha uma foto que na verdade foi tirada em 2015. Diante disso prendemos o fraudador em flagrante que contou toda a fraude", disse Nilson.
 
Diante da fraude, o Ministério Público determinou a instauração de inquérito por formação de quadrilha, que culminou na operação "Pop Star, deflagrada pela Delegacia com apoio da Gerência de Operação Especiais (GOE). A operação integra a operação da Segurança Pública, "Karcharias", em andamento pela Polícia Judiciária no Estado.
 
Os presos, Evandro e Wedson, são suspeitos de participação no crime. A empresária e esposa do mandante, Patrícia Marta, é suspeita de homicídio, formação de quadrilha e fraude processual. "Na verdade a esposa do mandante é quem tem a mente criminosa, quem planeja as ações", disse o delegado.
 
O advogado e o bacharel responderão por formação de quadrilha, denunciação caluniosa, coação no curso do processo e fraude processual.
 
O apresentador responderá por fraude processual. Ele vinha fazendo 'campanha' na televisão para tentar inocentar o mandante e dizia que ele era  empresário de sucesso e fazia falta na cidade. Ele também gravou uma entrevista falando que os presos eram inocentes.

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