Mato Grosso, 25 de Abril de 2024
Mato Grosso

Ameaças contra testemunhas, delegado, procuradora da República e juiz federal serão investigadas

08.12.2014
22:15
FONTE: Assessoria

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A Superintendência da Polícia Federal em Mato Grosso vai instaurar um inquérito para investigar as ameaças de morte sofridas por três testemunhas, além do delegado de Polícia Federal, da procuradora da República - responsáveis pela investigação de invasão de lotes da reforma agrária -, e pelo juiz federal que determinou as prisões e o cumprimento dos mandados de busca e apreensão no dia 27 de dezembro em Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

As ameaças foram feitas na semana passada, logo após a decisão do Tribunal Regional Federal da 1 Região que atendeu o pedido de habeas corpus feito por um dos presos. A decisão de soltura foi estendida aos demais presos.

Os pedidos de prisão e busca e apreensão foram feitos com base nas investigações iniciadas há quatro anos para apurar os crimes de invasão de terras da União, associação criminosa armada, crimes contra o meio ambiente, de fraude documental nos processos do Incra, estelionato majorado, corrupção ativa e passiva, e ameaça. Os integrantes da organização criminosa responsável pela invasão de lotes destinados à reforma agrária do projeto de assentamento Tapurah/Itanhangá, em Mato Grosso.            

O assentamento tem 115 mil hectares e é o segundo maior da América Latina. Originalmente, o assentamento era dividido em 1.149 lotes que foram, em quase sua totalidade, unidos para a formação de latifúndios para lavoura mecanizada.

Na tarde desta segunda-feira (08/12), o juiz federal e a procuradora da República estiveram reunidos com o delegado para obterem mais informações sobre o telefonema recebido por ele com ameaças de morte que se estenderam à procuradora da República e ao juiz federal. A intenção foi obter orientações sobre as provas coletadas, e também sobre os procedimentos e medidas de segurança a serem adotados diante da ameaça sofrida.

Já é de conhecimento da Polícia Federal que a ligação com teor de ameaça partiu de um telefone público da cidade de Itanhangá,  município onde moram vários dos investigados que foram presos.

O entendimento da procuradora da República e do delegado é que as ameaças sofridas por eles e pelas testemunhas demonstram  quão poderosa é essa organização criminosa e  corroboram com a investigação pois fortalecem os argumentos que embasaram os pedidos de prisão e busca e apreensão.  

“Não estamos intimidados. As ameaças reforçam os nossos argumentos sobre a periculosidade da organização criminosa e demonstram que a investigação está no caminho certo. Daremos seguimento à investigação com a mesma dedicação aplicada desde o início dos trabalhos”, afirmam.

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