Uma caçamba de lixo foi retirada das margens do Rio Verde durante a manhã de sábado durante a realização da oitava edição do ‘Amigos do Rio Verde’, projeto idealizado pela TV Rio Verde e que vem ganhando apoio de instituições do município. O montante retirado surpreendeu aos participantes. Entre os detritos, móveis velhos, como sofá, fogão e até uma cama box.
Antes de descer o rio em busca da coleta, os participantes fizeram o plantio de três árvores nativas na propriedade que serviu como ponto de largada e de chegada. A medida também visa conscientizar a comunidade.
No rio, os participantes seguiram em barcos, recolhendo toda espécie de lixo encontrada nas margens e até no leito do Rio Verde. Foram retirados garrafas, plásticos, pedaços de isopor e cadeiras. A ação foi acompanhada por militares do Corpo de Bombeiros. “Graças a Deus foi tudo tranquilo, foi bem feito a coleta e foi tudo tranquilo”, informou o cabo Duarte.
Diretor de competições da Secretaria de Esportes, Luciano Bauer apontou a importância de se preservar a natureza. “É importante colocar o lixo no seu devido lugar e deixar a natureza correr seu curso”, pontuou.
Entre as instituições que apoiam e integram o Amigos do Rio Verde estão a OAB e Clube de Tiro Seriema, representados na ocasião por Hugo Aquino. “É muito gratificante. Todos nós somos preocupados com o meio ambiente e é uma iniciativa que há oito anos vem acontecendo. Todo ano a gente vem e tem que fazer esse trabalho pra tentar conscientizar a população de que não pode jogar lixo na beira do rio”, ressaltou Aquino, lembrando que mesmo lixo jogado nas ruas acaba, em boa parte das vezes, em rios e nascentes, prejudicando o meio ambiente.
Para o presidente da Acilve, Edênio Bassani, anualmente a intenção é conscientizar para a manutenção de um dos maiores bem do município. “Nós temos que preservar o Rio Verde, conscientizar a população, empresários, que tomem atitudes e desenvolvam campanhas para mantermos o nosso rio lindo, como é hoje”, disse.
A maior concentração de lixo foi encontrada na chamada prainha, localizada nas proximidades da ponte de madeira que dá acesso à comunidade Morocó. No local foram encontradas embalagens plásticas de cerveja, vasilhames e até peças de roupa. “Deveria ser positivo a favor da natureza”, comentou Valdecir Chagas, diretor da TV Rio Verde e presidente da ALI - Associação Luverdense de Imprensa.
Chagas orientou que a população que visita o Rio Verde que retorne o material levado para o descarte adequado. “Se traz embalagens plásticas, que leve de volta pra casa, cada um tem o dever de cuidar”, pontuou, lembrando que a maior cidade do país sofre na pele há vários meses a escassez hídrica, justamente por não ter mantido seus reservatórios naturais de água em condições adequadas. “Aqui, num futuro bem próximo, a continuarmos assim, com essa ação humana destruindo a natureza, vai ser a mesma coisa”, lamentou.
O presidente da ALI também chamou a atenção para a necessidade, por parte do poder público, de ações contínuas na região da prainha, desenvolvendo uma campanha para evitar o uso inadequado do espaço.
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