Após ataques, ônibus param de circular e motoristas pedem escolta

A circulação de ônibus do transporte público na região do Bairro Pedra 90, em Cuiabá, foi suspensa temporariamente por volta das 12h desta quarta-feira (28), por conta de uma tentativa de um grupo criminoso de colocar fogo em mais um coletivo. As informações são da MTU (Associação Mato-grossense dos Transportes Urbanos). Outros dois foram queimados nos últimos dois dias, sendo o último deles na noite de terça-feira (27). Os motoristas das empresas ameaçam diminuir ou até mesmo suspender a circulação de todos os ônibus nesta quinta-feira (29) por questões de segurança.

A tentativa de ação criminosa desta quarta foi interrompida por policiais que estavam na região, segundo a MTU. Entretanto, os bandidos conseguiram fugir, iniciando uma perseguição por parte da polícia. A suspensão da circulação de ônibus na região deve continuar até o fim da ação policial, informou a associação, para não colocar em risco os trabalhadores e usuários do transporte coletivo da região.

Em entrevista ao G1, o presidente do sindicato que representa a categoria dos motoristas de ônibus disse que os profissionais vão se reunir na tarde desta quarta com a Secretaria de Mobilidade Urbana de Cuiabá e vão pedir para que os ônibus circulem com escolta na quinta-feira (29). "Os trabalhadores estão assustados e os passageiros, inseguros. Nós vamos pedir a intervenção pra que amanhã os ônibus possam sair escoltados. Se isso não ocorrer, vamos diminuir para menos da metade ou até mesmo suspender a circulação de todos os ônibus", disse Ledevino da Conceição.

Os ataques a ônibus em Cuiabá ocorridos nas noites de segunda (26) e terça-feira (27) ocorreram no Bairro Pedra 90. A forma de agir dos criminosos foi a mesma: eles chegaram armados e encapuzados, renderam os passageiros e motoristas, mandaram todos descerem e, em seguida, colocaram fogo dos veículos.

Em relação aos dois ônibus incendiados, a Secretaria de Segurança Pública do estado (Sesp) disse que está acompanhando os casos e que agências de Inteligência estão coletando informações. A Polícia Civil investiga os ataques.