Depois de receber o ex-governador do estado Silval Barbosa (PMDB) e o empresário delator do esquema investigado na operação Sodoma, João Batista Rosa, a comissão parlamentar de inquérito (CPI) instalada para apurar casos de fraudes fiscais na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) deverá ouvir nesta semana o ex-secretário estadual de Fazenda Marcel de Cursi. O ex-secretário, assim como o ex-governador e o ex-chefe da Casa Civil Pedro Nadaf, encontra-se preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) por força das investigações da operação Sodoma.
De acordo com a programação da CPI da renúncia e da sonegação fiscal, presidida pelo deputado estadual José Carlos do Pátio (SD), Marcel de Cursi deverá deixar a prisão no próximo dia 15 (quinta-feira) para ser interrogado pelos parlamentares. Ele deverá completar um mês de prisão no mesmo dia do compromisso agendado com deputados.
Assim como fizeram o ex-governador e o delator (este último também protegido por decisão liminar), ele poderá se valer do direito de ficar em silêncio perante a CPI. Ao lado de Silval Barbosa, Pedro Nadaf e outras três pessoas, Marcel de Cursi foi denunciado pelo Ministério Público (MP) por corrupção, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro, tendo sido apontado como participante de um esquema de fraude à concessão de benefícios fiscais do estado envolvendo pagamento de propina.
Os crimes são investigados pela Polícia Civil e pelo MP na operação Sodoma, mas também são objeto de investigação da CPI da renúncia e da sonegação fiscal na ALMT, que inclusive já ouviu Pedro Nadaf em mais de uma oportunidade. A CPI recebeu o ex-governador e o empresário delator na última semana.
Nesta semana, os trabalhos deverão ser retomados com o interrogatório de Cursi e com a convocação de cerca de 20 empresários que teriam se beneficiado com benefícios fiscais com indícios de irregularidades, segundo o deputado José Carlos do Pátio.
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