A falta de repasses do estado para o custeio do Hospital Regional de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, está ameaçando o atendimento de saúde para pacientes de 18 municípios da região Sul do estado. A organização social de saúde (OSS) que administra a unidade alega pendência de repasses do estado e cobra a revisão do contrato. O estado já respondeu à organização afirmando que aceita a proposta contratual e que deve regularizar os pagamentos até o dia 15 deste mês.
Com 118 leitos, o Hospital Regional realiza em média mais de mil procedimentos de urgência e emergência por mês e é referência na região. Desde 2011 o hospital tem sido administrado pela organização São Camilo, a qual afirma estar sem receber repasses mensais provenientes do estado para o custeio da unidade.
Além disso, o diretor clínico Eduardo Nogueirol afirma que o contrato firmado com o estado já está defasado, de forma que o repasse mensal recebido pela organização é de um montante insuficiente para arcar com os custos da unidade.
Por isso, a São Camilo propôs aumento de 22% no valor do repasse, que passaria de R$ 3,256 milhões por mês para R$ 4,215 milhões. Este valor atualizado também abrange o custeio referente a dez novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para adultos.
Em resposta, o governo aceitou a proposta. Além disso, conforme declarou o secretário de estado de saúde, Marco Bertúlio, o estado deverá quitar os repasses atrasados à São Camilo até o dia 15 de maio, evitando a suspensão dos trabalhos no Hospital Regional de Rondonópolis.
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