O avião monomotor modelo Cessna, que caiu neste final de semana na cidade de Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, estava apto para operar, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Segundo o órgão nacional, tanto a manutenção quanto os documentos necessários para o uso estavam atualizados e regularizados.
O avião caiu a poucos metros da pista de um aeroporto particular, neste domingo (7), na região do Anel Viário de Tangará da Serra. Testemunhas viram o avião rodando e caindo de bico no chão, pegando fogo logo em seguida. A queda da aeronave matou o empresário e produtor rural Sérgio Varnier, de 54 anos, e deixou duas pessoas feridas: o filho do empresário, Ernesto Varnier, de 19, e o piloto do avião, Reginaldo Souza Oliveira, de 31.
De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), a aeronave de matrícula PR-TOT tinha capacidade para três pessoas. O avião estava com a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) e o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) em dia. A inspeção estava com data de validade para o dia 17 de outubro deste ano. Já o certificado tinha validade para 30 setembro de 2017.
As causas do acidente devem ser divulgadas após o término da investigação pelo Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica.
Cirurgia
O piloto Reginaldo Souza Oliveira está internado em uma Unidade de Terapia (UTI) de um hospital da cidade de Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá.
De acordo com a esposa do piloto, Leandra Soares, Reginaldo sofreu hemorragia interna e passou por uma cirurgia que durou cinco horas. O procedimento foi feito no mesmo dia do acidente. Segundo a esposa de Reginaldo, o piloto teve todos os órgãos atingidos.
“Ele passou por uma cirurgia no pâncreas, mas também teve todos os órgãos atingidos. Ele continua na UTI e está com o quadro de saúde estável”, disse Leandra ao G1. Já o filho do empresário estava em observação ainda na manhã desta segunda-feira (8).