Bancários começaram a trabalhar uma hora mais tarde que de costume nesta sexta-feira (29), Dia Nacional de Manifestações contra a terceirização e o ajuste fiscal. Segundo o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB), 15 agências bancárias ficaram fechadas até as 12h [horário de Mato Grosso]. Cerca de 400 bancários aderiram à paralisação.
Os manifestantes distribuíram panfletos pelas ruas da região central da capital e colocaram faixas nas agências, com frases contrárias à terceirização para atividade-fim.
De acordo com o diretor do sindicato da categoria, Natércio Corrêa Brito, a maioria dos acidentes de trabalho ocorre em empresas terceirizadas e com a nova lei os direitos dos trabalhadores vão diminuir.
"Com a terceirização, eles não vão aumentar o quadro de funcionários. O banco não tem compromisso com a qualidade de atendimento. Se os bancos estivessem preocupados com a segurança, investiriam em mais contratações”, disse.
A lei da terceirização restringe o acesso ao abono salarial, auxílio-doença e seguro- desemprego. Além da pauta nacional, os bancários alertam sobre a manutenção do emprego e dos direitos dos trabalhadores.
O Dia Nacional de Paralisação é mais um ato contra o projeto de lei da terceirização, aprovado pela Câmara dos Deputados e agora tramita no Senado.
Conforme o sindicato, com a terceirização, os salários terão redução de 25%. Entre os argumentos usados pelos sindicalistas contra a proposta estão o aumento do trabalho escravo entre 2010 e 2014. Noventa por cento desses trabalhadores eram terceirizados de setores como mineração, confecções e manutenção elétrica. Além disso, alegam que os funcionários de empresas terceirizadas sofrem três vezes mais acidentes de trabalho que os públicos.