Caminhoneiros bloquearam nesta terça-feira à tarde, o tráfego para veículos de passeio e de ônibus na BR 163 em Lucas do Rio Verde. Nervosos, eles reclamaram que faltam alimentos e não há condições de infraestrutura para atender todas as pessoas retidas no bloqueio. O manifesto que busca reduzir o preço do óleo diesel e melhorar o valor do frete já dura sete dias e começa a afetar o abastecimento de combustível em todo o estado.
O clima no local ficou tenso. Caminhoneiros reclamam ainda que alguns caminhões conseguiram passar pelo bloqueio por serem de empresas locais e precisavam descarregar sementes. “Porque o deles pode movimentar e o nosso não pode”, acusa um caminhoneiro, que reclama estar com a família no caminhão sem ter atendimento nas necessidades básicas.
Por outro lado, os coordenadores do movimento afirmam que estão disponibilizando todo o apoio necessário, servindo refeições, água e a logística adequada, com a instalação de uma tenda próximo ao local do bloqueio.
Agora à tarde, em Cuiabá, líderes do manifesto se reúnem com representantes do Governo do Estado para tratar sobre assuntos da paralisação. O principal ponto abordado com o governo é a redução da alíquota de ICMS sobre o óleo diesel, de 17% para 12%. Ontem aconteceu a primeira reunião de trabalho que definiu pelo congelamento da pauta fiscal que estabelece os Preços Médios Ponderados ao Consumidor Final (PMPF) do óleo diesel, por 15 dias, o que evitará impacto de 5,77% na base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Prestação de Serviços (ICMS).