Devido a procrastinação na tramitação e aprovação do Projeto de Lei 528, idealizado pelos deputados Assis do Couto (PDT/PR) e Celso Maldaner (PMDB/SC), o Movimento Independente União do TRC iniciou a convocação de todos os caminhoneiros, autônomos ou não, a aderirem o protesto iniciado hoje (13), e que seguirá até o final do dia, sem pausa.
O movimento visa o protesto por meio de uma paralisação nas rodovias, atingindo assim, toda malha rodoviária do país. O tráfego será interrompido, permitindo passagem de veículos de passeio, ambulâncias, ônibus e cargas vivas, apenas. Caminhões e carretas serão retidos.
A Rota do Oeste registrou às 7h18 que caminhoneiros bloquearam uma das faixas da pista duplicada sentido sul do km 206 da BR-364, em Juscimeira. Às 7h30, foi registrado que caminhoneiros bloquearam as duas faixas do sentido norte do km 201 da BR-364, em São Pedro da Cipa. Ambos os pontos ficam entre Cuiabá e Rondonópolis, que também está com a rodovia bloqueada. Conforme informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o ponto de interrupção em Rondonópolis está localizado no km 213, local conhecido como Trevão, devido ao posto de combustível com o mesmo nome.
Como já vem sendo noticiado pelo ExpressoMT, o objetivo da manifestação é pressionar os deputados para que haja uma resposta urgente e favorável a reivindicação do setor. O protesto deverá acontecer de forma pacífica e ordeira em todo território nacional. De acordo com os idealizadores, o setor de transporte rodoviário exige uma tabela mínima que cubra os custos com o trabalho, não para lucratividade, mas para viabilizar a atividade, pois as próprias instituições e associações não estariam cumprindo com o objetivo de defender a classe, pelo contrário, estariam usando os caminhoneiros como ‘moeda de troca’ – termo empregado no discurso dos manifestantes – portanto, medidas mais expressivas deveriam ser tomadas pelo setor que, neste momento, estaria pagando para trabalhar.
O “Piso Mínimo de Frete”.
O Projeto de Lei 528, idealizado pelos deputados Assis do Couto (PDT/PR) e Celso Maldaner (PMDB/SC) está paralisado nas comissões do Senado Federal. Em seu texto, consta o chamado “Piso Mínimo de Frete”, que permite ao Governo Federal a implantação mínima do frete em caráter obrigatório em todo território nacional. O objetivo é de que haja uma tabela mínima que favoreça o setor de transporte rodoviário e que cubra, no mínimo, o custo efetivo do frete.