Mato Grosso, 28 de Março de 2024
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Caminhoneiros iniciam bloqueio da BR 163 em Lucas e Nova Mutum

18.02.2015
11:12
FONTE: ExpressoMT

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Caminhoneiros e donos de transportadores iniciaram nesta manhã o bloqueio de dois trechos da BR 163 em Lucas do Rio Verde e Nova Mutum. A categoria está descontente com a atual situação vivida pelo setor de transportes, que vem acumulando dívidas causadas pela alta do óleo diesel e a redução no valor do frete. Hoje e amanhã o bloqueio terá períodos de liberação de tráfego aos caminhoneiros. A partir de sexta-feira, os caminhões ficarão parados até que os governos estadual e federal sinalizem mudanças nas políticas que regulamentam a atividade de transporte terrestre. Carros de passeio e ônibus têm livre acesso na rodovia.

O primeiro item da pauta é o preço do óleo diesel. O movimento busca junto ao governo estadual reduzir a alíquota do ICMS de 17% para 12%, além da redução da carga tributária a nível federal.

Outro item que levou à mobilização é o valor do frete. Donos de transportadoras e caminhoneiros observam que estão previstas tabelas de preços para outros segmentos, como vans, ônibus e táxis, e por isso reivindicam a criação de mecanismo para regulamentar o valor do frete, estabelecendo piso e dando poder de fiscalização e punição aos sindicatos em caso de descumprimento. Nesse sentido, os manifestantes querem que o Governo Estadual cumpra a tabela para cobrança do imposto sobre o frete, estabelecida através de portaria pela Secretaria de Fazenda.

O terceiro item reivindicado trata da crise no setor que gera endividamento e afeta outros segmentos ligados ao setor de transporte terrestre. O pedido é para que seja prolongado o período dos contratos de financiamento para dez anos, com dois anos de carência em todas as operações.

O último item da pauta, já encaminhada ao poder público, é a homologação definitiva da lei que regulamenta a profissão de motorista e o período de trabalho da categoria. 

O presidente da comissão que organiza o movimento em Lucas do Rio Verde, Gilson Baitaca, explica que o movimento prosseguirá até que o governo manifeste a intenção de colaborar com o setor. “Não é um manifesto de apenas um dia porque a gente pretende abrir um diálogo com o Governo do Estado a partir de agora, esse nosso manifesto é pra que isso aconteça, um diálogo com o governo em cima das nossas reivindicações. Assim que elas começarem a ser atendidas, nós também vamos cedendo”, argumentou.

O caminhoneiro Paulo Campos Lima reside em Lucas. Profissional há nove anos, ele reclama que o diesel subiu muito e o frete acabou reduzindo. Empregado, o caminhoneiro observa que se o patrão perde condições de manter a empresa, o reflexo será a redução da oferta de trabalho. “Se ele não consegue sobreviver, nós muito menos, pois dependemos deles”, assinala. 

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