Uma caminhada no próximo dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, marcará o encerramento da Campanha de Combate a violência contra a Mulher em Lucas do Rio Verde. Os participantes sairão da igreja Rosa Mística e seguirão pela Avenida Mato Grosso até a Praça dos Migrantes, no centro da cidade.
Ontem, durante o lançamento no bairro Jardim Primaveras, a secretária de Cidadania e Desenvolvimento, Janice Vaz Ribeiro, chamou a atenção da comunidade sobre a necessidade de denuncias atos de violência contra a mulher, citando a Lei Maria da Penha criada para defender as mulheres de atos ofensivos. Janice afirmou que a mulher deve andar lado a lado com os homens, tendo respeitado seus direitos. “Ninguém precisa sofrer maus tratos, apanhar. Nós queremos viver bem, ser valorizadas pelos homens que vivem conosco”, disse durante a cerimônia que antecedeu uma das atividades do programa Vida Nova, que reuniu mais de 200 pessoas, entre homens, mulheres e crianças.
Ao final das atividades do Vida Nova, os participantes receberam panfleto com as informações sobre a programação de 16 dias que reunirá palestras e teatro enfocando os temas relacionados à prevenção da violência e, em casos de violação desse direito, a orientação sobre como denunciar os eventuais casos. Dentro da programação, acontecerá uma palestra no próximo dia 26, na Câmara Municipal. Na ocasião, a pastora Elaine, da Igreja Getsemani, que tratará da valorização da mulher nos dias atuais.
A presidente do Conselho dos Direitos da Mulher, professora Maria Dalva, realiza em conjunto com o CREAS – Centro de Referência em Assistência Social – um trabalho voltado a mulheres que tenham sido vítimas de violência. Ela citou que o conselho é um instrumento que age em favor da sociedade. “Trabalhamos ali na Associação de Mulheres (localizada no bairro Rio Verde) onde recebemos denúncias e fazemos encaminhamentos pra Delegacia, Defensoria, pro Fórum, pra onde for necessário. Vamos ser solidárias mais do que nunca, porque sempre há alguém sofrendo por algum tipo de violência”, alertou.
Origem da campanha
Em 1991, 23 mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (Center for Women’s Global Leadership - CWGL), lançaram a Campanha dos 16 dias de ativismo com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. As participantes escolheram um período de significativas datas históricas, marcos de luta das mulheres. Desse modo a campanha vincula a denúncia e a luta pela não violência contra as mulheres à defesa dos direitos humanos. Hoje, cerca de 160 países desenvolvem esta campanha, conclamando a sociedade e seus governos a tomarem atitude frente à violação dos direitos humanos das mulheres.
No Brasil, a campanha tem início no dia 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra – pelo reconhecimento histórico da opressão e discriminação contra a população negra e, especialmente, as mulheres negras brasileiras que têm suas vidas marcadas pela opressão de gênero, raça e classe social.
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