A chance de encontrar um doador de medula óssea compatível é, em média, de 1 em 100 mil. Levando em consideração o dado alarmante, A OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) Instituto Maria Stella, o Hemocentro e a Unic (Universidade de Cuiabá) realizam, de 13 a 23 de outubro, a Campanha de Cadastro de Medula Óssea, que busca a inscrição de novos candidatos no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
A campanha consiste no credenciamento de possíveis doadores. Para isso, basta o interessado comparecer ao Hemocentro, levando um documento pessoal com foto. Alguns requisitos são necessários: ter entre 18 e 55 anos, apresentar bom estado geral de saúde e não possuir doença infecciosa transmitida pelo sangue. Após o cadastro, realizado pelos acadêmicos de medicina da Unic, os funcionários do Hemocentro coletam amostras de sangue, de no máximo 5ml, porém o suficiente para salvar vidas.
Segundo a presidente do Instituto Maria Stella, Margareth Buzetti, quanto maior o número de pessoas cadastradas, maior a chance de encontrar um compatível. “O transplante de medula óssea é a única esperança de vida para muitas pessoas”, explica.
Como funciona
Quando não há um parente doador (pais, irmãos ou outro familiar próximo), a solução para o transplante de medula é procurar um indivíduo compatível entre os grupos semelhantes, mas não aparentados.
O processo é simples e totalmente informatizado: basta o interessado ir até o Hemocentro, onde será preenchida uma ficha com as informações e realizado um exame de Histocompatibilidade (HLA), exame que identifica as características genéticas de cada indivíduo.
Desta forma, quem não dispõe de doador aparentado, pode buscar no Redome alguém cadastrado que seja compatível. Se encontrado, o doador é convocado a realizar testes confirmatórios e avaliação clínica. A retirada das células para a doação é feita no hospital habilitado mais próximo da residência do doador. Assim que retiradas, as células são transportadas até o centro onde será feito o transplante.
Para que serve
A medula óssea é um órgão hematopoiético (relacionado à produção de células sanguíneas). Se trata de um tecido gelatinoso, que preenche a cavidade interna de vários ossos e fabrica hemácias, leucócitos e plaquetas.
A transplantação de medula óssea é uma das formas de tratamento de várias doenças do sangue, entre elas: leucemia, linfomas, mielomas múltiplos, tumores na medula e as aplasias medulares. Segundo o REDOME, o Brasil é o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (quase 7 milhões de doadores) e da Alemanha (quase 5 milhões de doadores).
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