Mato Grosso, 29 de Março de 2024
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Carro de pastor suspeito de matar a ex e a filha é reconhecido por testemunha

03.10.2015
08:59
FONTE: G1

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  • Mensagem com foto está sendo divulgada pela família de mãe e filha desaparecidas.

O homem preso suspeito de ter matado a ex-namorada e a filha dela em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, é pastor evangélico, tem 43 anos e negou ter cometido o duplo assassinato. As informações são do delegado Geraldo Gezoni, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Na tarde desta sexta-feira (2), o suspeito deverá ser encaminhado para o presídio Capão Grande. A motivação para os crimes ainda não foi esclarecida pela polícia.

As vítimas são Simone da Luz Feitosa, de 37 anos, e a filha dela, Aline Feitosa Souza, 16 anos. As duas moravam em Poconé, a 104 km da capital, e estavam desaparecidas desde a última segunda-feira (28). A polícia diz acreditar que dois corpos encontrados carbonizados no Residencial Paiaguás, em Várzea Grande, sejam delas. A irmã de Simone reconheceu objetos pessoais de Aline e os celulares das duas também estavam no mesmo local dos corpos.

O pastor preso teve um relacionamento com Simone por aproximadamente dois meses no ano passado. Entretanto, os dois ainda mantinham contato. Para a polícia, é bastante provável que os dois ainda estariam se relacionando, apesar de Simone ter namorado.

Carro

Um carro com as mesmas características do veículo do pastor foi visto por um vigilante de uma obra próximo ao local em que os corpos foram encontrados. Essa testemunha disse à polícia que o carro passou devagar na noite de segunda-feira (28) no Residencial Paiaguás, em Várzea Grande em direção a um terreno.

E, depois de aproximadamente 20 minutos, o vigilante escutou um estrondo acompanhado de um clarão, e viu as chamas. O mesmo carro que tinha passado estava ao lado das chamas. Uma pessoa entrou nele e saiu em alta velocidade.

Assassinatos

Para o delegado, mãe e filha foram mortas em outro lugar e tiveram os corpos deixados no terreno baldio. Uma das hipóteses é que elas tenham morrido após terem sofrido pancadas na cabeça, já que um dos crânios estava com rachaduras. Os corpos ficaram quase totalmente carbonizados, e um deles estava enrolado num lençol.

"Quem vai matar e ocultar depois, matou num ambiente fechado. E para conseguir fazer isso, a vítima tem que conhecer o autor do crime. Esse tipo de crime foi perpretado por alguém que estava com raiva da Simone", disse Gezoni.

Investigação

Durante as investigações, após descartar o crime de latrocínio, a polícia soube por meio de familiares de Simone que ela namorou o pastor no ano passado. Depois, chegou à polícia a informação de que a estudante, que ia para Cuiabá diariamente de van, tinha pedido para o motorista parar, em duas ocasições diferentes, na casa de uma pessoa no bairro Jardim Imperial, em Várzea Grande.

Na primeira vez, no mês passado, Simone buscou produtos de beleza no local, que seriam presentes. Na segunda vez, ocorrida três dias antes do crime, a estudante disse que iria à casa para buscar R$ 1,5 mil. Voltou à van com R$ 500.

A polícia foi até a casa em questão para buscar mais informações e, ao chegar lá, descobriu que o morador era o pastor. E o carro dele, que estava estacionado na frente, tinha as mesmas características do veículo visto no local em que os corpos foram encontrados.

"Diante desses indícios representamos pela prisão dele. Ele foi testemunha de outro homicídio em agosto. Usamos esse fato para intimá-lo para comparecer e ser ouvido com testemunha. Ele se apresentou junto com a advogada e foi preso", disse Gezoni.

Depoimento

O pastor disse à polícia que ele e Simone mantinham contato, mas negou ter cometido os crimes. Contou à polícia que acha que ele e a ex terminaram o relacionamento porque a mãe dela não aprovaria o namoro. Porém, não especificou qual seria o motivo da desaprovação.

Disse também que no dia do crime estava no bairro São Mateus, na residência de uma senhora carente. Entretanto, quando a mãe de Simone ligou para ele no dia do desaparecimento da filha, o pastor contou que naquele momento estava em Goiânia.

Próximos passos

A DHPP deve pedir nos próximos dias as quebras dos sigilos telefônicos do suspeito e das vítimas, além de perícia no carro do pastor. "Mas acho que talvez ele tenha se precavido. O porta-malas está sem o tapete que cobre. Ficaram só a lata e o estepe", disse o delegado.

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