Ensinar nos dias atuais não tem sido uma tarefa das mais simples, estamos imersos em tecnologias e a rapidez com que as informações chegam fazem com que os profissionais da Educação necessitem, além de focar em sua formação continuada e na aprendizagem dos alunos, também fazer a gestão de sala de aula. A partir dessas questões, teremos no II Congresso Internacional de Educação de Lucas do Rio Verde, o professor e escritor Celso Antunes, autor dentre outras importantes obras, do livro: Professor bonzinho, aluno difícil. Celso Antunes destaca neste livro que o professor bonzinho, permissivo, perde sua identidade como pessoa. Podemos ser amigos, compreensivos, mas o limite deve ser bem claro, bem definido, e a preocupação em acompanhar o processo de construção do conhecimento dos alunos deve ser efetiva. Diálogo, polidez e bom humor são aliados incondicionais para o bom relacionamento entre professores e alunos em sala de aula.
“Uma das muitas maneiras de se abordar essa questão é fazendo outra: “Como saber o limite da relação jogador (futebol, vôlei, basquete ou outro esporte coletivo) e o árbitro”? A resposta, torcedor ou jogador, algum ignora e sabem que quando não existem regras consensualmente aceitas não há esporte que se sustente, competição que se justifica. Creio que o mesmo vale para a relação professor e aluno. Entendo que essas “regras” necessitam serem claras, lúcidas, coerentes e, sobretudo, consensualmente combinadas. Infelizmente, inúmeras vezes chegam ao aluno não como os fundamentos de uma essencial relação, mas como imposição autoritária do professor que pretende fazer-se “juiz” e não um bom e eficiente árbitro. Não creio que qualquer ano letivo pudesse ser iniciado sem que esse “contrato” fosse organizado, debatidos consensualmente e, somente então, colocado em prática. Quando isso ocorre à boa e afetuosa relação se aprofunda e o aluno, mais que os próprios conteúdos conceituais, aprende civismo e descobre a dignidade essencial a toda realização humana”.
O professor destaca ainda que “Uma boa aula não se afasta em sua essência de uma excelente operação cirúrgica. É ato educativo e não ato médico, mas igualmente requer plenas competências do professor e, entre estas se constituir em um momento gerador de autêntico protagonismo e não uma função espectadora por parte do aluno. A aula eficaz é sempre uma oportunidade em que o aluno possa falar muito – pois a palavra é a essência crucial no processo de construção de conhecimento – mas discutir temas, explorar sua capacidade de argumentação e, em grupo, refletir sobre os desafios propostos. Mais ainda, a aula verdadeiramente atrativa não pode seguir sempre roteiro pré-estabelecido (como uma ação cirúrgica que sabe assumir imprevistos) e assim o professor necessita conhecer múltiplas estratégias para transformar o aprender em fazer, explorar a construção libertadora de significados vinculando-os à vida e o cotidiano do aluno. Enfim, um momento mágico em que o aluno aprenda a se auto avaliar e não apenas se preparar para devolver o que reteve na memória através da falácia escandalosa de uma prova. Aulas com esses requisitos, eu penso serem atrativas e garantir a eficácia, tanto quanto o ato cirúrgico, o ato profissional jurídico e muitos outros. É impossível uma “boa aula” sem que quem a ministre seja um “grande professor”.”
Congresso
O evento tem este ano o tema “Diálogos Pedagógicos: da Educação Infantil ao Ensino Superior. Prática pedagógica: a transposição didática frente aos desafios da contemporaneidade” e acontece nos dias 15, 16 e 17 de Julho de 2015. A programação vai incluir palestras, debates, mesas redondas com grandes nomes da educação nacional e internacional, para a ampla discussão de várias temáticas educacionais e a apresentação de trabalhos científicos de professores de todos os níveis que atendem as redes pública e privada.
O Congresso Internacional de Educação é promovido pela Faculdade La Salle em parceria com o Colégio La Salle e a Prefeitura Municipal de Lucas do Rio Verde, com o auxílio de patrocinadores e apoiadores.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) apoia o evento, com isso, o Congresso Internacional passa a ter maior visibilidade e divulgação frente à área educacional de formação e pesquisa. Os professores, estudantes e pesquisadores que terão seus trabalhos científicos aprovados contam com o registro de suas publicações na Biblioteca Nacional (ISSN) e com o selo da CAPES.
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