Mato Grosso, 25 de Abril de 2024
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Comunidade participa de ciclo de palestras durante a Campanha 16 Dias de Ativismo

27.11.2014
14:07
FONTE: Assessoria

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Com o objetivo de conscientizar a comunidade sobre o problema da violência contra a mulher, a Secretaria de Cidadania e Habitação realizou na noite desta quarta-feira (26) um ciclo de palestras. O evento faz parte das ações da Campanha 16 Dias de Ativismo, iniciada no último dia 18.

O delegado Rafael Scatolon apresentou os dados dos registros feitos em Lucas do Rio Verde e destacou que os números têm aumentado em função de uma maior procura das vítimas para fazer denúncia.Segundo ele, em 2012 foram registrados 90 casos e em 2013 foram 73. Já neste ano, são 170 inquéritos instaurados, mas o número deve aumentar para cerca de 200. "Droga e bebida alcoólica são fatores que influenciam as ocorrências relacionadas a violência domestica. E a orientação é para que as mulheres denunciem porque a lei é aplicada. Não existe mais a famosa cesta básica, que os agressores tinham oportunidade de pagar quando eram detidos", comentou.

A lei citada pelo delegado é a Lei Maria da Penha, apresentada no ciclo de palestras pela advogada Luciana Ribeiro. "A lei já foi amplamente divulgada e é bastante compreendida pela sociedade, mas a grande dificuldade hoje é que existe ainda o receio da mulher em se expor e o medo de denunciar. O diferencial da Lei Maria da Penha é que, hoje em dia, a vítima não pode mais retirar a queixa, o que era comum há alguns anos e dificultava o trabalho das polícias", explicou Luciana.

Para a secretária de Cidadania e Habitação de Lucas do Rio Verde, Janice Vaz Ribeiro, as ações, campanhas e atividades têm o intuito de levar informações e conscientizar, mas o que muitas vezes atrapalha o processo de recuperação das vítimas é a falta de qualificação profissional. "Muitas vezes as mulheres denunciam o agressor, mas poucos dias depois elas se veem sozinhas, em casa, e acabam aceitando o agressor de volta por causa da dependência financeira ou algo assim. Uma qualificação profissional neste caso faria toda diferença para que as mulheres se tornem mais independentes", enfatizou.

Durante o encontro, a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Maria Dalva Fernandes, falou sobre a atuação do conselho e explicou que o trabalho de atendimento às vítimas de violência doméstica tem sido realizado através de parcerias, com atendimento psicológico, atividades de recuperação social e grupos de convivência. "A violência está aí. Ela não tem classe, não tem cor, não tem raça, mas nós precisamos estar atentos à isso para desenvolver um planejamento, um plano de políticas públicas para as mulheres, políticas de enfrentamento à violência. Não basta só denunciar, precisamos buscar os nossos direitos e construir essa força conjunta para combater esses crimes", concluiu.

Para encerrar o ciclo de palestras, a pastora Elaine Matogrosso falou sobre a valorização da mulher e a superação da figura feminina ao longo dos anos, como a conquista por espaços de trabalho, o direito ao voto, entre outros. "As mulheres chegaram lá. São eficientes, dedicadas e garantiram conquistas significativas. O que nós (mulheres) queremos, como qualquer ser humano, é ser respeitada e valorizada, pois o verdadeiro valor que precisamos ter está dentro de nós mesmo", comentou, finalizando a fala com uma belíssima oração.

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