A empresária Emanuely de Sousa Félix Lucena se apresentou à polícia nesta quinta-feira (26), em Cuiabá, exatamente uma semana depois de desaparecer e não realizar as festas para as quais tinha sido contratada para fazer a decoração, no último final de semana. Na manhã de hoje, ela prestou depoimento à delegada Ana Cristina Feldner, da Delegacia Especializada do Consumidor (Decon).
A polícia já tinha aberto inquérito para investigar as denúncias de suposto golpe após denúncia de 22 clientes da decoradora. A delegada disse que a empresária alegou estar arrependida e prometeu ressarcir os clientes que tiveram prejuízos após ela não ter comparecido para fazer a decoração dos eventos. Alegou ainda que tinha saído de Cuiabá porque a empresa havia falido e, por isso, não conseguia honrar os compromissos firmados com os clientes. Segundo a delegada, a empresária alegou má administração.
No início desta semana, a mãe da decoradora prestou depoimento e se comprometeu a informar a localização da filha, já que ela seria a única que sabia o paradeiro da empresária.
As noivas alegam que Emanuely teria agido de má fé ao pedir o pagamento antecipado das parcelas referentes à decoração. A advogada Luana Oliveira, por exemplo, disse que no início deste mês, a decoradora entrou em contato com ela e pediu se ela poderia pagar adiantado a quantia que faltava para ajudá-la a comprar materiais de decoração.
"Estou fechando mais um pedido de materiais na quinta com um representante de uma fábrica de São José do Rio Preto (SP), por isso estou te perguntando se já terminou de pagar, porque para as noivas que estão me ajudando a adquirir peças novas estou dando de cortesia no contrato. Infelizmente não tenho capital de giro expressivo. Então, acabo precisando do apoio das noivinhas", diz a mensagem encaminhada para Luana no início do mês.
Os investigadores da Delegacia Especializada do Consumidor localizou um caminhão arrendado pela suspeita, com várias peças de decoração, que foram apreendidas. Conforme a Polícia Civil, será solicitado à Justiça medida cautelar de arresto, para garantir o pagamento de dívidas e os ressarcimentos às vítimas.
Um galpão usado para guardar peças também foi localizado pelos investigadores. O local já estava lacrado quando os policiais chegaram. De acordo com informação do proprietário, o galpão foi lacrado por um oficial de Justiça.
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