Mato Grosso, 25 de Abril de 2024
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Desembargador nega pedido de liberdade a ex-primeira-dama de MT

25.08.2015
06:10
FONTE: Carolina Holland/G1 MT

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O desembargador Rondon Bassil Dower Filho negou, nesta segunda-feira (24), pedido de habeas corpus em favor da ex-primeira-dama de Mato Grosso, Roseli Barbosa, presa preventivamente desde a última quinta-feira (27), acusada de liderar uma quadrilha que teria desviado R$ 8 milhões de dinheiro público. O G1 tentou contato com a defesa de Roseli, mas os advogados não atenderam as ligações. Cabe recurso da decisão.

O desvio milionário teria ocorrido quando Roseli ocupou o cargo de secretária estadual de Assistência Social, entre 2011 e 2014, durante o mandato do marido dela, o ex-governador Silval Barbosa. A prisão da ré foi determinada pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado de Cuiabá, onde tramita o processo.

O magistrado afirma que é preciso que a acusada continue presa para não prejudicar a ordem pública, "na medida em que os delitos apurados ocorreram em órgão público estadual, destinado à assistência ao trabalho e assistência social, não se limitando, a paciente, à conduta omissiva, mas, também, participando comissivamente do desvio dos recursos financeiros".

Na decisão, o desembargador afirma ainda que a prisão se faz necessária para assegurar que a ex-primeira-dama não tome providências a fim de dificultar a colheita de provas contra ela.

Presa em São Paulo pelo Gaeco, durante a operação Arqueiro, e levada para Cuiabá num voo comercial, inicialmente Roseli ficou presa na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, na capital mato-grossense. Depois, foi transferida para uma cela feminina dentro do quartel do Corpo de Bombeiros, no Bairro Verdão.

O esquema
O MPE afirma que o esquema na Secretaria de Estado de Assistência Social (Setas) era chefiado por Roseli Barbosa e ocorria por meio de contratos superfaturados de convênios firmados com instituições filantrópicas para cursos de qualificação. A diferença entre o valor dos contratos e o custo dos serviços era dividida entre os membros da quadrilha, formada ainda por servidores públicos e empresários. Roseli ficava com 40% do total desviado, segundo a acusação.

Mas, de acordo com a investigações do MPE, em 2013 Roseli abriu mão da cota dela em um dos convênios para que o montante (R$ 525,4 mil) fosse usado para quitar uma dívida do PT referente à campanha à prefeitura de 2012.

Além da ex-primeira-dama, também foram presos o ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Silvio Cesar Corrêa Araújo, e outras duas pessoas. Roseli e outras 32 pessoas foram denunciadas à Justiça em dezembro de 2014.

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