Em reunião realizada ontem à noite na sede da entidade, membros da diretoria da Acolhida Bom Samaritano decidiram suspender a renúncia coletiva que havia sido tomada anteriormente. O anúncio foi feito pelo presidente Raimundo Dantas durante o encontro. Os membros da diretoria haviam decidido pela renúncia após denúncia de desvio de donativos feitos à Acolhida Bom Samaritano.
Para o presidente da Acolhida, a decisão de suspender a renúncia coletiva foi a mais prudente. “Como tem questionamentos, tanto na Câmara, quanto na Prefeitura, nós temos que deixar isso bem claro, transparente. Todo ato praticado aqui na Bom Samaritano tem toda transparência, não poderíamos sair no meio de um processo que está em andamento. Vamos, prudencialmente, suspender essa renúncia coletiva, esclarecer todos os questionamentos que por ventura perdurar na Câmara e na Prefeitura, vamos esclarecer, colocar tudo em pratos limpos. Futuramente vamos conversar com a diretoria e se tiver interesse de fazer nova renúncia, então será em outro momento”, detalhou.
Dantas explicou que a suspensão ocorrerá enquanto não for concluído o processo de apuração feito pelo Poder Público municipal. O presidente informou que a denúncia havia sido feita por um ex-monitor da entidade. Ele teria procurado a prefeitura onde denunciou que uma funcionária estaria desviando donativos da entidade. O fato, segundo o presidente, foi recebido com surpresa. “Recebemos também com tristeza, principalmente porque partiu de uma pessoa que não tem nem CPF. Você coloca uma denúncia de uma pessoa que não tem estada em um lugar, não tem ponto fixo pra morar e essa pessoa passa a ter uma credibilidade maior que a instituição”, desabafou.
Entretanto, ele concordou que toda denúncia tem que ser apurada pelo poder público e que a diretoria está pronta a colaborar com as informações necessárias para o esclarecimento dos fatos. Dantas confirmou que a diretoria sabia do repasse de donativos à famílias carentes do município. Ele assinalou que a Acolhida Bom Samaritano recebe grande número de donativos, seja em alimentos ou roupas. Por causa da falta de espaço para manter os produtos, a saída é repassar o excedente a outras entidades e famílias carentes. “Se isso é roubo eu estou avalizando, se isso é roubo avalizo e com muita propriedade. Toda doação que a casa não usar ela tem que doar, pra não se perder. O excedente faz um trabalho social e algumas pessoas acham que isso é desvio. As pessoas não conhecem e devem vir conhecer a funcionalidade da casa, pra depois vir falar coisas que as vezes machucam as pessoas”, concluiu.
A Acolhida Bom Samaritano atende em média 25 pessoas por dia, mas chega a recepcionar mais de 60 pessoas.
ENVIE PARA UM AMIGO