O corpo de Ana Cláudia Alves da Silva, de 26 anos, que morreu após ser atingida por um tiro durante um assalto a um mercado do Bairro Jardim dos Estados, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, foi sepultado na tarde deste sábado (25). O assalto ocorreu na quarta-feira (22) e até está sexta-feira (24) estava internada em um hospital de Cuiabá, porém, ela não resistiu aos ferimentos e morreu. O enterro ocorreu no cemitério Recanto da Paz, em Várzea Grande.
O marido da vítima, que estava grávida, presenciou o assalto. Ele alegou que o vigilante do mercado é da Guarda Municipal de Várzea Grande e que estaria no local atuando como segurança particular do estabelecimento. Por meio de nota, a Guarda Municipal informou não ter conhecimento de que um funcionário estaria trabalhando no mercado onde o crime aconteceu. Também afirmou que é proibido que os agentes façam esse tipo de serviço e que ainda aguarda o resultado do exame de balística para tomar as medidas cabíveis.
O laudo deve apontar se o tiro que atingiu a vítima partiu da arma do guarda municipal. O disparo acertou Ana Cláudia no peito. A família dela alega que o segurança foi quem começou a atirar. "Chegou o bandido, começou o assalto. Ele mandou todo mundo abaixar e quando todos abaixaram, o segurança sacou a arma e começou o tiroteio", disse o marido dela, Diego Souza.
"Ele [segurança] é um guarda municipal de Várzea Grande. Ele mora no Bairro Asabela. E vamos entregar nas mãos das autoridades competentes para fazer a Justiça", completou.
Outras duas pessoas foram baleadas na troca de tiros. Um funcionário do mercado e outra cliente. Os dois estão fora de risco de morte. No dia do assalto, houve confronto entre a polícia e os dois suspeitos, no Bairro Pirinéu, em Várzea Grande. Um deles morreu e outro foi liberado depois de ser ouvido.
O marido de Ana Cláudia contou que o sonho da mulher era ser mãe. Ela ainda não sabia da gravidez, que foi constatada após ela ser baleada e encaminhada ao hospital. "Além de ter perdido a esposa, perdi um filho. Toda a família e amigos estamos indignados porque Várzea Grande está muito violenta", disse. Diego encontrou no carro dele um projétil de arma de fogo. Ele acredita ser a munição que atingiu Ana Cláudia.
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