A Secretaria Estadual de Saúde informou ontem que de 1º de janeiro a 1º de abril desse ano foram notificados 27 casos de pacientes com H1N1 em Mato Grosso. Desses, cinco foram confirmados positivos. Não houve, no período, nenhum óbito registrado em decorrência da doença.
Profissionais do Hospital Regional de Sorriso ressaltam que cuidado nunca é demais e uma simples ação pode reduzir significativamente os riscos de contágio com a gripe, que é a lavagem de mãos.
A coordenadora do Serviço de Controle de Infecção, Camila Fortes Correa, do Hospital Regional de Sorriso, administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), ressalta que higienizar as mãos evita uma série de contaminações. “O simples hábito de lavar as nossas mãos frequentemente com água e sabão consegue retirar todas as bactérias e vírus que estão na superfície. Isso evita o risco de sermos contaminados, pois diariamente convivemos com os microorganismos – vírus, bactérias, como, por exemplo, quando pegamos em notas de dinheiro, maçanetas, carrinhos de supermercados, entre outros”.
No caso da gripe H1N1 é importante lavar as mãos antes de se alimentar, antes de tocar nos olhos, nariz ou boca e logo depois de tossir ou espirrar e de usar o banheiro. Além da gripe, outras doenças como diarreia, hepatite e infecções intestinais podem ser evitadas pelo simples hábito de lavar as mãos.
Apesar de eficaz, este simples processo de lavar as mãos ainda é pouco utilizado, tanto no ambiente doméstico, quanto no trabalho. De acordo com Camila Fortes Correa, a ação sofre picos que variam conforme a propagação das doenças. “Logo quando registramos uma pandemia da gripe ‘A’, em 2009, os níveis de lavagens de mãos aumentaram consideravelmente. Mas assim que a doença foi controlada, infelizmente a lavagem de mãos começou a ser menos inserida na rotina dos brasileiros”, lamenta.
Outro produto que pode ajudar na higienização das mãos é o álcool em gel. “Enquanto a água corrente com sabão retira os vírus e bactérias, o álcool em gel ajuda a eliminar os microorganismos que ainda persistem nas mãos”, destaca coordenadora do Serviço de Controle de Infecção, do Hospital Regional de Sorriso, Camila Fortes Correa.
O coordenador de enfermagem das Unidades de Terapias Intensivas do Hospital Regional de Sorriso, Roberson Félix Oliveira, relata que a lavagem de mãos é muito difundida na unidade de saúde, principalmente no tratamento aos pacientes internados nas UTIS, em isolamento e durante um processo cirúrgico. “Não adianta investirmos altos valores com medicamentos, equipamentos, insumos, se os profissionais não realizam o primeiro e importante processo: a lavagem das mãos. E isso vale para toda população, pois quando a lavagem das mãos é realizada adequadamente, ela garante um grande efeito preventivo de doenças”, finaliza o enfermeiro, Roberson Félix Oliveira.
A orientação é que seja usado água corrente, sabonete ou sabão para a higiene das mãos. Os profissionais citam que é importante lavar bem as palmas das mãos, a parte de cima entre os dedos, debaixo das unhas e os pulsos. Em seguida, as mãos devem ser enxaguadas até eliminar toda a espuma e por fim secadas com toalha limpa ou papel toalha.
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