O estoque da Farmácia de Demanda Especializada, conhecida popularmente como Farmácia de Alto Custo, deverá alcançar 75% do seu total até o final de junho de 2015. Ou seja, dos 147 itens de responsabilidade de aquisição estadual, 110 estarão disponíveis para os pacientes. Atualmente, o estoque da Farmácia está em 46%, ou seja, 68 itens diferenciados.
Para o secretário de Saúde do Estado, Marco Bertulio, alcançar o patamar de 75% do estoque já pode ser considerado uma conquista para a gestão, perante o cenário encontrado no início do governo. “Nós encontramos no dia 5 de janeiro um estoque regulador de assistência farmacêutica de medicamentos de alto custo em torno de 40%. Um cenário ruim, mas que não indicavam que a situação estava pior, pois nós tínhamos estoque de alguns medicamentos que durariam no máximo 60 dias. Então chegamos a um momento em que o estoque chegou a apenas 20%. Hoje nós estamos com aproximadamente 50% dos medicamentos em estoque, e acreditamos que até o final de junho alcançaremos os 75%”, explicou.
De acordo com ele, além de não ter o produto em estoque, também não havia processo de aquisição pronto e nem atas vigentes para que pudesse ser feita a adesão. “Conseguimos desatar as ‘teias’ que existiam na Farmácia. Demos andamento a processos de compras que haviam sido iniciados no ano passado e que estavam parados. Também demos início a novos processos de compras, fizemos compras emergenciais e também realizamos empréstimos de medicamentos dos estados do Paraná e Goiás. Tivemos dificuldades em fazer essa reposição do estoque porque as relações que foram estabelecidas antes com os fornecedores eram sem processo licitatório, ou seja, vendia-se e comprava-se como bem queria, mas isso agora é passado”, completou Marco Bertulio.
A farmacêutica e superintendente de Assistência Farmacêutica, Juliana Almeida Silva Fernandes, explicou que o ideal para que o estoque da Farmácia de Demanda Especializada não sofra “baixas” é de que seja realizada ao menos uma licitação para registro de preço por ano. “Como a ata do Registro de Preços fica disponível por um ano, nós podemos fazer a adesão conforme a necessidade. Quando assumimos a Farmácia não tínhamos essa alternativa, tivemos que iniciar do zero”, ressaltou.
Juliana esclareceu também que, para todos os medicamentos que ainda estão em falta atualmente na Farmácia de Demanda Especializada, existem processos de compra tramitando na Secretaria de Estado de Saúde (SES). “Estão todos encaminhados, por isso a expectativa de chegar a 75% até o final de junho e provavelmente a 100% até o fim do ano”, observou a farmacêutica.
Ainda de acordo com Juliana, para junho também está previsto o fim dos problemas existentes na Farmácia de Demanda Especializada em relação a falta de pessoal para atendimento. “Em junho, a empresa que venceu a concorrência na contratação emergencial já estará repondo a parte de recursos humanos da Farmácia. Também será retomado o teleatendimento e agendamento por telefone, que estava parado por falta de pessoal”, concluiu.
A Farmácia de Demanda Especializada é responsável pela disponibilização de 205 itens, no total, aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo 147 de responsabilidade de aquisição estadual e 58 que são disponibilizados pelo Ministério da Saúde.
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