Os moradores de Sorriso, a 420 km de Cuiabá, estão há mais de 20 dias sem condições de dar entrada no seguro desemprego devido a um problema no sistema de internet do posto do Sistema Nacional de Emprego (Sine). De acordo com o coordenador do Ganha Tempo do município, Celso Kavak, um ofício foi encaminhado à Superintendência do Sine de Cuiabá solicitando que o problema fosse resolvido, porém, até a manhã desta terça-feira (9) o sistema continuava fora do ar.
Segundo a assessoria do Sine de Cuiabá, o atendimento foi interrompido devido ao rompimento da fibra, que teria ocorrido entre os municípios de Sonora (MS) e Rondonópolis, no dia 1° deste mês. O problema foi sanado, porém, após o ocorrido, o sinal enviado pela operadora responsável pelo sinal de internet não estava sendo reconhecido pelo servidor do Sine Estadual, o qual distribui o sinal de internet para o funcionamento do Portal Mais Emprego para os demais municípios do Estado.
Conforme a assessoria, os técnicos estão tentando solucionar o problema, mas por causa do ocorrido até mesmo o atendimento na capital estava lento. A falha já está sendo corrigida e, de acordo com a operadora, até nesta terça-feira (9) o atendimento em todo o estado será retomado normalmente.
O coordenador do Ganha Tempo disse que para atender a demanda dos sete municípios que Sorriso atende neste serviço um programa de agendamento foi criado para atender a população. "Por enquanto, ainda não tivemos problemas porque estamos conseguindo atender por agendamento e não dá tumulto. Mas, se não resolver o problema até nesta quarta-feira (10) nós vamos paralisar o atendimento integralmente e não vamos nem guardar a documentação das pessoas”, disse o coordenador em entrevista ao G1.
Conforme ele, caso o problema não seja resolvido o prejuízo não é somente para a unidade, mas também para as pessoas que estão interessadas no serviço, porque após o perído de vencimento do prazo os interessados devem entrar com uma ação na Justiça para conseguir receber o seguro desemprego.
“Esse pedido de seguro desemprego deve ser feito imediatamente após a empresa ter mandado o funcionário embora, pois o prazo é só de 120 dias e, além disso, a pessoa só recebe depois de dois anos caso já tenha recebido o primeiro Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS)”, afirmou Celso Kavak.
Quando o primeiro problema no sistema foi detectado, os serviços ficaram por um dia 100% paralisados. Já nos outros dias, o acesso tem oscilado frequentemente. Ainda conforme o coordenador, somente os serviços de vagas de empregos estão sendo oferecidos para as pessoas.
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