Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
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Família busca informações da filha desaparecida a cinco meses em MT

17.07.2014
08:51
FONTE: ExpressoMT

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O sumiço da cozinheira Franciele Costa ainda é um mistério para as autoridades de Porto dos Gaúchos. Ela sumiu em fevereiro deste ano e, segundo as autoridades locais, a família foi orientada a esperar em silêncio as investigações do caso para não atrapalhar os trabalhos. Porém, desolados, os pais procuraram os meios de comunicação do município para cobrar respostas da polícia.

Genelice Epifânio Costa e Azauri Custodio Costa moram em Novo Horizonte do Norte, cidade vizinha de Porto dos Gaúchos. Desde o desaparecimento da filha, o casal vive a angustia de acordar e anoitecer desde então sem ter noticias de Franciele. As visitas à delegacia de Policia Civil e ao Ministério Público de Porto dos Gaúchos em busca de respostas sobre as investigações.

“De manha quando eu me acordo me pergunto; amanheceu de novo e eu ainda não tenho uma resposta. Aonde está minha filha?", reclama a dona de casa em entrevista ao Porto Notícias.

“A única que tem feito alguma coisa é a promotora. Por parte do delegado eu até agora não consegui nada, venho toda semana no Porto e quando eu encontro ele na delegacia, apenas olham na minha cara e diz; até agora nada...ai eu volto pra trás, na outra semana venho de novo e de novo... As pessoas nos questionam perguntando; mas vocês não vão fazer nada? Fazer o que? Mais do que nos já estamos fazendo não temos mais condições...gritar eu já gritei, chorar eu já chorei, já implorei e pedi e continuo pedindo a Deus todos os dias e entreguei em suas mãos e a única justiça que eu ainda confio é a de cima”, desabafa.

Ainda segundo ela, conforme lhe foi passado, todos os indícios obtidos inclusive após a quebra do sigilo telefônico recaem sobre José Sebastião Boldrin, conhecido como “Zé Padeiro”, que ficou quase 30 dias preso no começo das investigações como único suspeito. Porém, ele foi solto por ordem da Justiça e depois disso fugiu da cidade. Um mandado de prisão já foi expedido contra ele, mas ninguém sabe o seu paradeiro, pois depois de solto, ele que deveria se apresentar toda semana e ser monitorado pela policia, mas sumiu da cidade.

“Se ele não fosse culpado ele ainda estaria na cidade e não teria fugido. Fugiu por que o juiz simplesmente achou que ele não devia e deu a soltura a ele antes mesmo de completar os 30 dias de prisão preventiva e de chegar o resultado do sigilo telefônico. Depois disso ninguém fez mais nada. Eu continuo esperando a minha filha, vou esperar ela até o ultimo momento e só vou sossegar quando me entregarem um corpo dizendo; aqui está a sua filha. Enquanto isso vou esperar minha filha dia após dia, sonhando ver ela chegando sorridente na porta de minha casa como ela sempre chegava. Só que eu preciso de uma resposta... meus netos choram e eu tenho que dar uma resposta pra eles, não posso continuar mentindo pra eles a vida toda. Se alguém sabe de alguma coisa que fale, que não se cale, pois assim como foi com minha filha poderia ser com a filha de qualquer outra pessoa”

A mãe desesperada ainda clamou por atenção e ajuda do prefeito de Porto dos Gaúchos, que segundo ela ainda não se manifestou sobre o caso que ganhou repercussão regional e estadual. "Me ajude prefeito, pois até agora o senhor não me procurou nem pra me dar apoio. Minha filha era moradora dessa cidade, cidadã de bem e inclusive o apoiou em sua campanha, porem até agora o senhor só esteve do lado da família do acusado e a minha?”

Genelice e Azauri elogiam apenas o desempenho da promotora de justiça Roberta Cheregati Sanches diante do caso, e dizem que ela vem fazendo o que pode, mas fica na dependência das investigações comandadas pelo delegado e das decisões do juiz de direito da comarca. “Ela é a única dessa cidade que está fazendo alguma coisa pra nos ajudar, mas espero que agora com o novo juiz que chegou em Porto dos Gaúchos as coisas caminhem, que Deus toque no coração dele pra ele fazer alguma coisa.

"Simplesmente até agora nos calaram para que o seu Zé Padeiro pudesse fugir. A minha fé é muito grande e só vou fechar o meu olho e a minha boca o dia que tiver uma resposta sobre o desaparecimento de minha filha. A justiça da terra falha, mas a divina não. O delegado pediu pra nós e pra população ter paciência que ele ia dar uma resposta e que o caso estava sendo resolvido e cadê a resposta até agora", reclama Genelice.

Com informações do Porto Notícias

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