Mato Grosso, 29 de Março de 2024
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Família faz campanha para doação de medula após morte de advogada em MT

29.07.2014
12:15
FONTE: G1 MT

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Mais de 2 mil pessoas esperam atualmente por um transplante de medula que seja compatível. Por isso, todos os anos morrem pessoas no aguardo de um doador, pois as chances de encontrar alguém compatível é de uma em 100 mil. De acordo com o Hemocentro, no estado são mais de 37 mil doadores.

Essa dificuldade foi enfrentada por uma advogada de Cuiabá, que morreu pouco tempo depois de descobrir uma doença na medula. Antes de morrer, a advogada Sylvana Albuquerque de Moraes deixou uma carta que, motivou a família a fazer uma campanha para atrair novos doadores.

A advogada morreu no mês passado vítima de uma doença pouco comum, aplasia medular. No leito do hospital, Sylvana escreveu uma mensagem e pediu que o transplante de medula seja visto com bons olhos e que as pessoas se tornem doadores voluntários. Quando morreu a família decidiu atender o pedido e iniciou uma campanha.

"Ela [Sylvana] fez uma carta não por causa dela, mas porque em Mato Grosso, segundo os dados do Hemocentro, existe cerca de 37 mil pessoas registradas como possíveis doadores. Quanto mais aumenta o número de voluntários para a doação de medula, maior é a chance daqueles que precisam de transplante de medula”, comentou o pai da vítima.

Segundo o pai de Sylvana, entre o aparecimento dos primeiros sintomas e a morte da filha foram menos de dois meses e, aos 42 anos, foi vencida por essa doença que enfraquece a medula óssea.

Conforme a assistente social do Hemocentro, Heloíse Angélica Dias, para se cadastrar no banco de dados dos doadores é preciso ir no Hemocentro e levar um documento de identificação com foto para preencher os dados pessoais. “Após isso, é só coletar uma amostra de sangue de 5 ml. Com essa amostra, é feito um exame chamado HLA para identificar as características genéticas do doador”, explicou.

Transplantado
A cada cadastro é uma esperança que renasce na vida de quem espera pelo transplante. Foi assim que aconteceu com o estudante Robson Trindade Siqueira. Há três anos, ele foi diagnosticado com a mesma aplasia medular. Foram oito meses entre diagnóstico, tratamento e transplante. Porém, teve a sorte de encontrar cinco possíveis doadores entre os três milhões de cadastrados, mas apenas um deles foi compatível com o organismo dele.

“Nunca passou pela minha cabeça  saber como foi e de onde veio, o que me importava naquele momento era ser curado. Graças a Deus fui abençoado pela doadora que me salvou e salvou meus sonhos. Hoje, estou aqui podendo concluir aquilo que eu havia começado e ter uma vida normal como qualquer outra pessoa tem hoje”, contou. O Hemocentro fica na Rua 13 de Junho, no Centro da capital. O local funciona de 7h às 18h.

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