Mato Grosso, 18 de Abril de 2024
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Gaeco prende ex-deputado com mais de 100 processos e faz buscas na ALMT

01.07.2015
09:15
FONTE: G1 MT

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Seis dias após ter sido solto por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-deputado estadual José Riva (PSD), considerado o maior ficha-suja do país, foi preso novamente nesta quarta-feira (1º), em Cuiabá. De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), Riva foi detido em uma nova operação deflagrada pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O ex-parlamentar que ocupou cargo na Assembleia por mais de 20 anos é acusado de desviar mais de R$ 60 milhões dos cofres da instituição. O G1 tentou, mas não conseguiu entrar em contato com os advogados de Riva até a publicação desta reportagem.

Além do mandado de prisão, o Gaeco cumpre mandado de busca e apreensão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Agentes chegaram ao prédio localizado no Centro Político Administrativo no início da manhã de hoje. No entanto, a assessoria do MPE não informou quais documentos foram apreendidos.

José Riva ficou quatro meses preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) após a Operação Imperador, também realizada pelo Gaeco. No ano passado, ele já havia sido preso em outra operação, a Ararath, da Polícia Federal, que apura suspeita de desvio de recursos públicos por meio de lavagem de dinheiro por meio de factorings de fachada.

Na denúncia, o MPE aponta que, como primeiro-secretário da ALMT, José Riva teria liderado um esquema de licitações fraudulentas que direcionavam contratos para empresas que depois não entregavam as mercadorias. As empresas, afirma o MPE, eram de fachada. No entanto, ele nega todas as acusações.

Na semana passada, antes da libertação de José Riva, a juíza Selma Rosane dos Santos de Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou que ele passasse a usar tornozeleira eletrônica, como medida alternativa à prisão.

O ex-deputado também foi proibido de deixar a comarca sem autorização. A juíza ainda mandou que a Polícia Federal fosse comunicada sobre a decisão para que José Riva não tentasse retirar novo passaporte, bem como que as embaixadas de países do Mercosul nos quais não é preciso apresentar passaporte fossem avisadas sobre a proibição da expedição do documento.

O ex-parlamentar responde a mais de 100 ações cíveis e criminais. Ele também foi proibido, na semana passada, de ir à Assembleia Legislativa e às sedes de empresas que estariam envolvidas no esquema, cujos donos são corréus da ação. Ele também não poderá manter contato com nenhum dos acusados e testemunhas do processo - exceto a mulher dele, Janete Riva, que, segundo o MPE, ocupou o cargo de secretaria de Finanças da Assembleia.

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