Faz mais de uma semana que a atendente de lanchonete, Franciele Costa, de 28 anos, que mora em Porto dos Gaúchos, a 644 km de Cuiabá, está desaparecida. A família informou que ela está grávida de quase sete meses e que desde o último dia 19 não deu mais notícias, deixando para trás documentos de identidade, roupas e até mesmo dois filhos, de 6 e 9 anos. O principal suspeito do desaparecimento é um fazendeiro da região, pai da criança que ela espera. Ele já está preso, segundo a Polícia Civil.
A irmã de Franciele, Daniele Epifânio da Costa, disse ao G1 que ela saiu para se encontrar com o suposto pai do filho e que desde então não voltou mais para casa. "Ele [suspeito] era casado e mantinha um relacionamento extranconjugal com ela, até que ela ficou grávida", contou. Segundo ela, a irmã contou que, ao comentar com ele sobre a gravidez, ele teria ficado descontente e ainda pediu que ela cometesse aborto. Porém, ela teria se recusado, principalmente por já estar no sexto mês de gestação.
"Ficamos sabendo há pouco tempo desse relacionamento dela com ele. Não o conhecia muito bem", disse Daniele, ao explicar que mora em Novo Horizonte do Norte, a 663 km de Cuiabá, enquanto Franciele vive em Porto dos Gaúchos com os filhos. Ela conta que a irmã é uma boa mãe e que nunca deixa os filhos, que são fruto de um relacionamento anterior, sozinhos. "Ela nunca deixou os filhos dela para nada", afirmou.
O pai da criança que Franciele espera teria concordado com a gravidez depois de ela garantir que não falaria para ninguém sobre quem era o pai. "Ele concordou com a gravidez e ele disse que a ajudaria financeiramente, mas não era para ela dizer que ele era o pai. Quem sabia sobre o pai era só eu e outras duas amigas dela", disse Daniele. Os filhos da jovem estão com os bisavós paternos em um sítio no município de Porto dos Gaúchos. A intenção, conforme Daniele, era evitar que eles ficassem ouvindo comentários sobre a mãe.
Conforme a polícia, o suspeito do crime queria manter o relacionamento extraconjugal em segredo. Porém, ele negou envolvimento amoroso com a vítima e alegou somente que a conhecia.
A Polícia Civil pediu a quebra de sigilo telefônico do pecuarista, pai da criança. A intenção é apurar a participação de outra pessoa suspeita de participação no crime. Foram realizadas buscas na fazenda do suspeito com a ajuda de cães farejadores, mas nenhum vestígio da vítima foi encontrado.
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