A Polícia Judiciária Civil instaurou dois inquéritos policiais para apurar a morte do filho do comerciante e a tentativa de homicídio dentro da Delegacia de Polícia do município de Brasnorte (579 km a Noroeste), ocorrida na tarde de segunda-feira (06.07).
O delegado Adil Pinheiro de Paula informou, na manhã desta terça-feira (07), que já formalizou o pedido de prisão preventiva do preso, que ocasionou a revolta na população depois de assassinar a facadas, Adriano Coelho, 28 anos, no último domingo (05), no bairro Nosso Lar, em Brasnorte. Ele era filho de um empresário do ramo de supermercadista.
O suspeito é Pedro Serra da Silva, 32 anos, que está hospitalizado na região metropolitana de Cuiabá, depois de ser transportado em aeronave do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAer), em operação montada com apoio Gerência de Operações Especiais (Goe), para retirada do suspeito, antes que fosse linchado na cidade.
O preso é usuário de drogas e foi alvejado dentro da Delegacia de Brasnorte, na segunda-feira (06), depois de ser conduzido à unidade policial para ser autuado em flagrante por homicídio. Logo que a população tomou conhecimento da prisão, uma multidão cercou a unidade e um dos populares conseguiu entrar no prédio e atirar contra o preso, que foi atingido no peito.
Segundo apurou a Polícia Civil, o suspeito procurou a vítima em sua casa para pedir dinheiro para comprar entorpecentes.Como a vítima se negou a dar a quantia de R$ 1 mil ao preso, que utilizando um canivete desferiu um golpe contra a vítima, que correu e foi perseguida e recebeu outros dois golpes. A vítima foi à óbito antes de chegar ao hospital.
De acordo com o delegado, a vítima alugava uma casa da mãe do preso, que por conta da relação procurou Adriano para pedir dinheiro. O suspeito há cerca de 10 dias foi autuado em flagrante por agredir a própria mãe e já esteve preso outras vezes tráfico de drogas.
"O pai do preso vendeu uns lotes para a vítima, justamente para pagar advogado pela quantidade de processos que responde. E a mãe do preso alugava uma casa para vítima, que já tinha pago o aluguel do mês. Ele queria mesmo era extorquir a vítima para usar drogas. Então pegou uma moto emprestada e foi atrás do Adriano, que não devia nada para a família", destacou o delegado Adil.
A Polícia Civil apura quem dentre os populares, cerca de 80 que invadiu a Delegacia, disparou contra o preso.
A morte do filho do comerciante causou revolta e comoção na população de Brasnorte, que se aglomerou em frente à Delegacia em protesto. Equipes das Delegacias Regionais da Polícia Civil de Juína e Tangará da Serra, policiais militares da Força Tática das mesmas regiões e uma equipe da Gerência de Operações Especiais (Goe), em Cuiabá, foram deslocadas ao município.
O delegado regional de Juína, José Carlos de Almeida Júnior, foi o primeiro a chegar na cidade e controlou o distúrbio junto à população, que depois de conversas se dispersou liberando à Polícia para providências investigativas.
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