A Justiça concedeu a liberdade provisória ao médico Josias Guimarães nesta quarta-feira (19), um dia depois dele ter sido preso em flagrante com armas de uso restrito da polícia, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. Ele foi preso pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) durante a Operação Camaleão, desencadeada para investigar suposta fraude na contratação de uma construtora pelo valor de R$ 10,5 milhões. Josias é irmão do prefeito daquela cidade, Wallace Guimarães (PMDB).
Desde a noite de terça-feira (18), ele estava no Centro de Custódia de Cuiabá depois de ter sido autuado por posse ilegal de arma de fogo. A liberação ocorreu no início da noite desta quarta-feira após a defesa dele ingressar com um pedido de relaxamento da prisão. A decisão que concedeu a liberdade provisória foi proferida pelo juiz da 4ª Vara Criminal de Várzea Grande, Abel Balbino Guimarães. Não foi arbitrada fiança.
Durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, os policiais do Gaeco encontraram na residência do médico, localizada no Bairro Nova Várzea Grande, nove armas, entre elas espingardas e pistolas, além de munições. da não havia analisado.
Também foram cumpridos mandados no gabinete do prefeito de Várzea Grande e em algumas secretarias, entre elas de Obras e de Administração. Foram apreendidos documentos referentes à licitação para a contratação da empresa que meses antes de vencer o processo licitatório tinham como atividade a venda de sapatos.
Após indícios de irregularidades, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinou a suspensão do contrato e as obras que vinham sendo executadas pela empresa foram paralisadas. Segundo a prefeitura, dos R$ 10,5 milhões, tinham sido pagos R$ 4 milhões.
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