Mato Grosso, 23 de Abril de 2024
Mato Grosso

Julgamento de acusados de matar adolescente entra no 2º dia na Capital

19.10.2016
11:52
FONTE: Denise Soares/G1 MT

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

  • Acusados são julgados pela morte de adolescente, em 2011

O júri dos três réus acusados de matar a adolescente Maiana Mariano Vilela, de 16 anos, em 2011, foi retomado nesta quarta-feira (19), no Fórum de Cuiabá. O júri começou na manhã de terça-feira (18) e se estendeu durante todo o dia, até ser suspenso à noite.

Enfrentam o Tribunal do Júri o acusado de matar a adolescente, o homem que ajudou a cometer o homicídio, e o empresário que é apontado pelo Ministério Público como mandante do crime. Os três respondem pelo crime em liberdade. Maiana e o empresário tiveram um relacionamento por mais de um ano, conforme declarações de testemunhas.

O segundo dia do júri começou com o pronunciamento do advogado Givanildo Gomes, que faz a defesa do homem acusado de matar a adolescente. Ainda devem participar do debate os advogados do empresário e do comparsa. O advogado apontou depoimentos e declarações, presentes no inquérito policial e autos do processo, para demonstrar inconsistências nos depoimentos de testemunhas que foram ouvidas no primeiro dia do júri.

O homicida, que respondia a outro processo por roubo em Cuiabá, foi preso por força de um mandado de prisão, logo após participar do júri na noite de terça-feira. O advogado explicou, em entrevista, que a Justiça de Mato Grosso não tinha conseguido localizar o acusado para intimá-lo no outro processo em que ele responde e, dessa forma, determinou a prisão do acusado. O mandado foi determinado pelo Jorge Luiz Tadeu, da Segunda Vara de Execução Penal.

“Ele cumpre pena por um crime de roubo, uma condenação de seis anos e oito meses. E o juiz da execução determinou a expedição do mandado de prisão porque não localizou o novo endereço dele. Como não localizou, ele determinou a expedição do mandado de prisão para fazer ele apresentar-se na audiência de justificação na Vara de Execução Penal”, explicou o advogado.

O acusado foi levado para a Polinter e encaminhado novamente para o Fórum nesta quarta-feira, onde acompanha o júri.

Entre as testemunhas ouvidas na terça-feira está a mãe e o irmão de Maiana. No segundo dia do júri, apenas o irmão de Maiana acompanha os debates. A mãe da adolescente preferiu não assistir ao júri desta terça-feira.

Também foram ouvidos a prima de Maiana, uma amiga da adolescente e a mãe do empresário. No período da tarde foram ouvidos e interrogados os três suspeitos. Por último, se pronunciou o promotor do MPE, James Romaquelli.

Acusado de encomendar morte

Durante o depoimento, o empresário negou ter encomendado a morte de Maiana e disse que o relacionamento com a adolescente era "maravilhoso". Ele afirmou que conheceu Maiana em uma boate e que, a princípio, não sabia que se tratava de uma adolescente. Segundo ele, à época, a jovem morava em frente à empresa dele, no Bairro Três Barras, na capital.

Acusado de execução

O homem de 44 anos, acusado de ter sido contratado para matar a adolescente  afirmou, durante interrogatório, que cometeu o crime durante uma discussão com a vítima.

Acusação de participação

Já o outro acusado, de 34 anos, suspeito de participar do assassinato de Maiana disse, em depoimento, ter ajudado o autor da execução, também acusado do crime e réu confesso, a enterrar o corpo da vítima.

O crime

Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual, no dia do homicídio, o empresário teria mandado Maiana descontar um cheque de R$ 500 e levar o dinheiro para um chacareiro. Ela foi ao banco com uma motocicleta que tinha ganhado do empresário e, depois, se dirigiu à chácara.

De acordo com o Ministério Público, a jovem foi morta na chácara e teve o corpo colocado dentro de um carro de passeio e, em seguida, deixado na região da Ponte de Ferro.

Os restos mortais da adolescente foram encontrados no dia 25 de maio de 2012, cinco meses após o crime. Maiana e o empresário mantiveram um relacionamento extraconjugal por aproximadamente um ano e estavam vivendo juntos havia cinco meses, em regime de união estável, quando o assassinato foi cometido.

A ex-mulher do empresário também foi denunciada pelo MPE como participante dos crimes, mas a Justiça considerou que não havia indícios da participação dela.

O corpo da vítima foi sepultado sete meses após o desaparecimento e morte da adolescente, no Distrito do Coxipó do Ouro, em Cuiabá. Um dos acusados do crime foi quem indicou para a polícia o local onde o corpo havia sido enterrado.

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

NOTÍCIAS RELACIONADAS

ENVIE SEU COMENTÁRIO