Mato Grosso, 26 de Abril de 2024
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Júri condena 3 dos 5 acusados de morte de empresária em Cuiabá

21.08.2014
18:01
FONTE: Carolina Holland/G1 MT

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A Justiça condenou três dos cinco acusados da morte da empresária Ângela Cristina Peixoto da Silva Rezende, assassinada a facadas dentro de casa em novembro de 2011, em Cuiabá, numa simulação de assalto. Daniel Paredes Ferreira, Maycon José Cardoso Nogueira e Kleber Azevedo Santos foram condenados a 12 anos de prisão cada um, em regime inicialmente fechado. Os dois primeiros são apontados como os executores do crime e, o último, como a pessoa que intermediou a contratação da dupla. A defesa de Ferreira disse ao G1 que não vai recorrer da decisão. Já a Defensoria Pública, que defende Santos, disse que já recorreu da sentença. O G1 não conseguiu localizar o advogado de Nogueira. Os três condenados já se encontram presos.

O julgamento teve início na manhã de quarta-feira (20) no Fórum de Cuiabá, e foi presidido pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira. O julgamento foi suspenso à noite e retomado na manhã desta quinta-feira (21). Os jurados consideraram os réus culpados pela morte da empresária. A sentença do júri foi dada nesta tarde. Na última terça-feira (19), Ferreira e Nogueira foram condenados, juntamente com o marido de Ângela, Damião Francisco de Rezende, por tráfico de drogas. O esposo da vítima é acusado de ser o mandante da execução da mulher e ainda deve ir a júri.

O Ministério Público do estado (MPE) afirma que a morte de Ângela foi encomendada depois que ela descobiru o envolvimento do marido com tráfico de drogas. De acordo com a denúncia, Rezende contratou Ferreira e Nogueira por intermédio de Santos para assassinar a mulher. O homem que levou a dupla até a casa para matar a empresária também é réu no processo, mas ainda não foi julgado.

Daniel Ferreira foi condenado a 12 anos de reclusão, Nogueira foi condenado a 12 anos e 8 meses e Santos, a 12 anos e 4 meses de prisão.
 
Os dois condenados como os assassinos de Ângela foram presos menos de 24 horas depois do crime, em Mato Grosso do Sul. O marido da vítima foi preso logo no enterro da mulher, no cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá.

O crime
Ângela Cristina tinha 32 anos e foi morta com 24 facadas dentro de casa, na noite de 15 de novembro de 2011, no bairro Jardim Presidente, na capital. De acordo com a denúncia, Rezende entregou um controle remoto do portão da residência do casal, para um dos condenados, e disse que ele e o comparsa não precisariam se preocupar com a câmera de segurança porque o aparelho estava com defeito.

Rezende também deixou a residência aberta para facilitar a entrada dos bandidos. Os dois réus entraram, pegaram facas na cozinha e depois acordaram Ângela no quarto. Eles mandaram ela calar a boca e a amarraram com um cadarço de tênis. Em seguida, pegaram objetos e levaram até o carro que os levou à casa.
Quando voltaram, eles esfaquearam a empresária. Enquanto ela agonizava, segundo o MPE, um dos bandidos segurou o pescoço da empresária, para que o outro criminoso desse o 'golpe de misericórdia'.

Outro lado
O advogado de Daniel Ferreira, Jayme Carvalho Júnior, disse que não vai recorrer da decisão, porque considerou a pena 'na medida da culpabilidade.

A defensora pública Erinan Ferreira, que defende Kléber Santos, disse que recorreu da decisão no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) porque considerou a pena excessiva. "Ele recebeu a mesma condenação dos executores do crime", disse.

O G1 não conseguiu entrar com contato com o advogado de Maycon Nogueira.

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