Mato Grosso, 20 de Abril de 2024
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Júri de morte de empresária deve ser retomado nesta quinta em Cuiabá

21.08.2014
10:44
FONTE: G1 MT

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O julgamento de três dos cinco acusados do assassinato da empresária Ângela Cristina Peixoto da Silva Rezende, de 32 anos, deve ser retomado na manhã desta quinta-feira (21), no Fórum de Cuiabá. Ângela foi amarrada e esfaqueada em uma simulação de assalto, em novembro de 2011, na capital mato-grossense. Ela teria levado mais de 20 facadas.

O marido da vítima é apontado pela polícia e pelo Ministério Público como o mentor do homicídio triplamente qualificado. O julgamento dele ainda não tem data para ser realizado. Dois dos réus teriam invadido a casa, a mando do marido da empresária, para fingir um roubo. A defesa deles afirma que o crime trata-se de um latrocínio - roubo seguido de morte.

A morte teria sido encomendada depois que a vítima descobriu o envolvimento do companheiro com tráfico de drogas. Durante o primeiro dia do julgamento, nesta quarta-feira (20), um dos réus, emocionado, confessou a participação no crime. Outro acusado aparentava estar nervoso e entrou em contradição, alterando o depoimento por diversas vezes.

No entanto, posteriormente, acabou contando em detalhes o crime e confessou que deu mais de 20 facadas em Ângela. O terceiro réu contou que o ato foi premeditado e planejado pelo marido da vítima. A mãe da empresária, Maria do Bom Despacho Peixoto da Silva, acompanhou o julgamento, mas só ouviu o primeiro depoimento. Ela preferiu aguardar fora do plenário de julgamento.

"Nada disso traz a nossa filha de volta. Talvez ele [o marido] teria pensado antes de fazer tudo isso. A dor que eu trago no meu coração nunca vai acabar. A forma como ela foi morta, nenhum pai ou mãe recupera. Isso é uma ferida que vai demorar muito tempo para cicatrizar no meu peito", disse.

O crime
Segundo o MPE,  o marido de Ângela entregou um controle remoto do portão da casa onde vivia com a mulher, no bairro Jardim Presidente, na capital, para um dos acusados. E adiantou que não precisava se preocupar com a câmera de segurança pois estava com defeito. O esposo também deixou a porta da casa aberta para facilitar a entrada dos criminosos.

Dois rapazes entraram na casa e foram até a cozinha, onde pegaram facas e foram até o quarto onde Ângela estava deitada. Um deles a acordou, ordenando que ela calasse a boca para que ninguém saísse machucado. Então, a dupla amarrou as mãos dela com um cadarço de tênis e a imobilizou. Depois, os criminosos recolheram os objetos e levaram até o carro. Um deles ficou vigiando a vítima.

Com a faca em punho, um deles questionou se iriam matá-la  e o outro respondeu: "Esse é o serviço". Em seguida, começaram a esfaquear a empresária. Enquanto a vítima agonizava, um deles segurou o pescoço para que o outro desse o " golpe de misericórdia, "consumando, assim, o crime, praticado mediante meio cruel, pois, a forma de execução e quantidade de golpes, causaram sofrimento desnecessário à consumação do crime", como diz a denúncia do MPE.

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