Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
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Justiça nega recurso de agentes por irregularidades em cadeia de MT

29.03.2015
05:32
FONTE: G1

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Três agentes da Cadeia Pública de Nova Mutum, a 269 km de Cuiabá, suspeitos de corrupção e facilitação de entrada de drogas e celulares da unidade, tiveram um recurso negado pela Justiça de Mato Grosso. O ex-diretor e seis agentes foram afastados dos cargos e tiveram a indisponibilidade de bens determinada pela Justiça depois que 27 presos fugiram pela porta da frente da cadeia, no dia 5 de fevereiro.

Segundo a Polícia Civil, duas mulheres seduziram e doparam dois agentes penitenciários durante uma 'festinha', libertando os detentos da unidade. Na decisão, publicada nesta sexta-feira (27), o desembargador e relator Luiz Carlos da Costa, da Quarta Câmara Cível, levou em conta a gravidade das acusações aos agentes. A defesa de três agentes havia interposto um recurso de agravo de instrumento, para suspender as medidas de afastamento dos cargos e indisponibilidade de bens dos agentes.

A defesa deles argumentou que não existem provas que os servidores tenham facilitado a entrada de drogas ou celulares, muito menos a realização de ‘festinhas’ com prostitutas na cadeia. Ainda, solicitou que os agentes retornassem ao trabalho.

No entanto, o desembargador citou diversas irregularidades atribuídas aos agentes e ao ex-diretor da cadeia, inclusive a de que os servidores armaram um plano para afastar um agente que agia de forma correta na unidade. A informação foi dita por detentos da cadeia.

“O ex-diretor e o agente armaram um plano para afastarem o servidor da cadeia pública, pois ele tinha entrado recentemente na cadeia e vinha agindo de modo correto e querendo mostrar serviço. Eles [os suspeitos] mandaram os presos baterem em um preso, com o consentimento deste, e depois alegarem que foi o agente que o agrediu”, diz trecho da decisão baseada no depoimento do preso.

Depoimentos colhidos pelo Ministério Público Estadual (MPE), no decorrer das investigações, demonstram que as práticas de corrupção ocorreram por diversas vezes. Consta na ação cautelar que as propinas exigidas pelos agentes carcerários para concessão de benefícios aos presos variavam de R$ 800 a R$ 1,5 mil.

Dos investigados, o ex-diretor e dois agentes estão presos na Cadeia de Santo Antônio do Leverger, a 35 km da capital mato-grossense. As duas jovens que libertaram os detentos estão na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá.

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