Mato Grosso, 20 de Abril de 2024
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Laudo descarta caso suspeito de febre chikungunya em Mato Grosso

17.12.2014
06:48
FONTE: G1 MT

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Um laudo enviado à Secretaria Estadual de Saúde (SES), na tarde desta terça-feira (16), aponta que uma moradora da cidade de Pontal do Araguaia, distante 518 km de Cuiabá, não é vítima da febre chikungunya, como a Vigilância Epidemiológica de Mato Grosso suspeitava. Os exames foram realizados pelo laboratório Evandro Chagas, em Belém (PA), e divulgado pela secretaria.

A suspeita surgiu no mês de novembro e foi considerado o primeiro caso da doença em investigação no estado. O exame é referente a uma mulher que viajou para o exterior e que, na volta a Mato Grosso, apresentou alguns sintomas da febre chikungunya.

“Uma pessoa que esteve na Venezuela, um país onde há a transmissão confirmada da chikungunya, apresentou febre e procurou o serviço de saúde dizendo estar preocupada com a possibilidade de ter a doença. Apesar de ela não apresentar ainda todos os sintomas clínicos da doença, a partir da preocupação da própria paciente o serviço de saúde resolveu fazer a notificação e proceder à investigação, colhendo o material para o exame laboratorial e realizando o manejo clínico da paciente”, disse o coordenador de Vigilância Epidemiológica da SES, Sandro Luiz Netto.

Por ser transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, e também pelo mosquito Aedes albopictus, a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue.

Quais são os sintomas?
Entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre repentina acompanhada de dores nas articulações. Outros sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares.

Em média, os sintomas duram entre 10 e 15 dias, desaparecendo em seguida. Em alguns casos, porém, as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. De acordo com a OMS, complicações graves são incomuns. Em casos mais raros, há relatos de complicações cardíacas e neurológicas, principalmente em pacientes idosos. Com frequência, os sintomas são tão brandos que a infecção não chega a ser identificada, ou é erroneamente diagnosticada como dengue.

Tem tratamento?
Não há um tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para preveni-la. O tratamento é paliativo, com uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas. Se as dores articulares permanecerem por muito tempo e forem dolorosas demais, uma opção terapêutica é o uso de corticoides.

Como se prevenir?
Sobre a prevenção, valem as mesmas regras aplicadas à dengue: ela é feita por meio do controle dos mosquitos que transmitem o vírus.

Portanto, evitar água parada, que os insetos usam para se reproduzir, é a principal medida. Em casos específicos de surtos, o uso de inseticidas e telas protetoras nas janelas das casas também pode ser aconselhado.

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