A Secretaria Municipal de Saúde de Sorriso, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, realizou na semana passada o primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2015, com objetivo de detectar os principais focos de dengue no município.
Com o estudo, verificou-se que 47% dos bairros estudados neste levantamento apresentaram larva do mosquito da Dengue/Chikungunya. O trabalho é desenvolvido pelos agentes de combate a endemias do município. A coordenadora do Departamento de Vigilância em Saúde, Sílvia Fleming, explica que este levantamento do índice de larvas em bairros de Sorriso é realizado por meio de um sorteio oferecido por um sistema informatizado, em que são identificados os quarteirões de cada bairro que devem receber a vistoria.
Os bairros que estão com maior risco de incidência de larvas do Aedes aegypti são: União, Taiamã, Colinas, São José, Jardim Itália, Jardim Califórnia, Portal Kaiabi, Jardim Amazônia, Jardim Tropical, Rota do Sol, Nova Prata, Industrial I, Novos Campos, Vila Bela, Nova Aliança, Village, Vila Romana, Centro Norte, Centro Sul, Recanto dos Pássaros e Jardim das Acácias.
Foram encontradas larvas do mosquito transmissor da doença em 5,1% dos imóveis analisados, o que é considerado um índice de alto risco para a dengue, visto que o aceitável pelo Ministério da Saúde é de apenas 1%.
Os principais depósitos de larva são lixo, brinquedos, vasos de plantas, floreiras e bebedouros. Sílvia reforça que é importante que os moradores continuem a combater o mosquito, evitando manter em suas residências qualquer recipiente que possa reter água, como brinquedos, baldes e latas. É importante esvaziar e escovar as paredes internas desses recipientes, manter cisternas, caixas d´água e reservatórios provisórios de água (como tambores e barris), sempre tampados. Pneus velhos devem ser furados e mantidos em lugar protegido de chuvas. As calhas devem ser limpas periodicamente, assim como as marquises.
Atualmente, 51 profissionais atendem a população nas ações de prevenção do mosquito Aedes aegypti. Para que as equipes possam realizar o trabalho com eficiência, há necessidade de que as pessoas que tenham sinais e sintomas da Dengue/Chikungunya procurem as Unidades de Saúde receber tratamento e fazer a notificação oficial do caso. “Sem esta notificação, não podemos realizar vistoria e efetivar o bloqueio (passar veneno), pois temos que justificar ao Ministério da Saúde onde ele foi aplicado”, lembra Sílvia.
Denúncias de possíveis focos, bem como a solicitação de visitas adicionais às de rotina podem e devem ser feitas na Secretaria de Saúde, pelos telefones 0800 647 4707, 3545 8015 e 3544 8115.
Como funciona o LIRAa?
O trabalho é desenvolvido somente nos quarteirões e imóveis sorteados, onde as equipes recolhem o material que poderá apresentar a incidência das larvas ou outras formas do mosquito Aedes aegypti. Depois disso é realizado um estudo geral das informações que vão identificar se o município está em alerta ou em risco para que ocorra a Dengue ou Chikungunya. Este tipo de estudo é padronizado e é realizado quatro vezes por ano, no mínimo.
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