Mato Grosso, 26 de Abril de 2024
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Mãe diz que filha ateou fogo e matou gato em MT: 'Não gosto de pelos'

23.05.2013
16:14
FONTE: Pollyana Araújo/G1 MT

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Após denúncia de que teria ateado fogo em um gato, a dona de casa, que pediu para não ter o nome divulgado, afirmou que a filha dela, de 15 anos, foi a autora da ação que resultou na morte do animal, nesta quarta-feira (22). Ela afirmou que não gosta de gato por causa dos pelos que o animal solta, mas negou ter consentido o crime. "Não aceito criar gato por causa dos pelos. Não sou contra quem cria, mas desde que crie no seu canto. A gente corria atrás dele e o espantava com a vassoura, mas ele não ia embora", declarou ao G1 a mulher que mora em Sinop, a 503 quilômetros de Cuiabá.

O animal foi queimado no sábado (18), não resistiu às queimaduras e morreu quatro dias depois quando estava em um abrigo da Associação Protetora dos Animais do município (Apams). Ele foi socorrido por uma vizinha da dona de casa que disse ter visto o momento em que a mulher deu gargalhas ao ver o gato correr com o corpo em chamas. Flávia Cabral ainda contou que a vizinha falou para todos que estavam na rua que tinha ateado fogo no gato.

A dona de casa, porém, disse à reportagem que a filha agiu sem pensar nas consequências e, ao mesmo tempo, alegou que a intenção supostamente da adolescente seria somente assustar o animal para que não voltasse mais. "Ela (filha) fez essa maldade sem pensar nas consequências. Jamais permitiria isso. Foi uma besteira. Ela pensou: ah, vou meter fogo no rabo do gato para ele não voltar mais. Era só para assustá-lo", argumentou.

A presidente da Associação Protetora dos Animais de Sinop, Luciane Prante Chiarello, informou que irá denunciar o caso à polícia e registrar um boletim de ocorrência para que alguém seja punido por esse crime, principalmente porque o animal morreu em consequência dessas queimaduras. "O estado dele piorou e, infelizmente, acabou morrendo", lamentou.

Após as queimaduras, a vizinha da família que teria cometido os maus-tratos socorreu o animal e o levou em uma clínica veterinária que prestou os primeiros socorros. No dia seguinte, ela o deixou no abrigo ao alegar que não poderia ficar com ele porque tem um cachorro da raça pit bull. Flávia Cabral contou que o animal era de rua e que todos por ali o alimentavam, inclusive ela. "Só não fiquei com ele para mim porque tenho um pit bull, mas meus filhos sempre cuidavam dele", disse.

Segundo Flávia, a vizinha confessou ter ateado fogo no gato perante todos os moradores da rua. "Vimos o gato correndo ao pegar fogo e ela (vizinha) saiu na rua contando que tinha tocado fogo no gato, dando gargalhadas. Todos ficaram horrorizados", frisou. Segundo ela, o animal tentou procurar água para apagar o fogo e rolou na grama até se livrar das chamas.

Ela afirmou ainda ter emprestado o álcool para a vizinha, pois pensou que fosse para fazer curativo, já que ela tinha sofrido um acidente recentemente. "Sou vizinha dela. Ela foi até a minha casa e pediu álcool emprestado. Só emprestei e não perguntei para o que era, porque achei que fosse para fazer curativo ou algo assim. Ela foi embora e depois de poucos minutos vi o gato pegando fogo", explicou.

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