Mato Grosso, 16 de Abril de 2024
Mato Grosso

Manicure suspeita de matar mãe para roubar bebê é indiciada por 4 crimes

24.03.2015
08:48
FONTE: Pollyana Araújo/G1 MT

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

A manicure suspeita de matar Bruna Karolina Fernandes Guiaro, de 15 anos, com golpes de marreta na cabeça, no município de Querência, a 912 km de Cuiabá, no último dia 13, para roubar o bebê dela, foi indiciada por quatro crimes pela Polícia Civil. Michele Bispo dos Santos, de 25 anos, presa no mesmo dia do crime, deve responder por homicídio qualificado por motivo torpe, subtração de incapaz, ocultação de cadáver e furto, pois teria vendido o carrinho da criança para uma mulher após o assassinato da vítima. A pena pode ser mais dura porque a suspeita utilizou meios que dificultaram a defesa da vítima, segundo o delegado Michael Mendes Paes, da Polícia Civil. O inquérito foi concluído e encaminhado à Justiça.

O G1 tentou, sem sucesso, falar com parentes de Michele. Por telefone, uma irmã dela disse que não queria comentar sobre o assunto.

Os golpes de marreta foram dados quando a adolescente estava sentada na cama ouvindo música pelo celular com um fone de ouvido. À polícia, ela disse ter dado várias marretadas na cabeça da adolescente, porém, segundo o delegado, não seriam necessários muitos golpes para matar a vítima devido o peso da ferramenta usada no crime.

Depois de matar a adolescente, Michele confessou à polícia que o colocou em sacos de lixo e deixou junto com outros sacos de lixo. Possivelmente, a intenção era desfazer do corpo, segundo o delegado. "Ele iria se desfazer do corpo para ganhar tempo", afirmou. A marreta usada no assassinato e o celular de Bruna foram encontrados em uma cisterna nos fundos da casa da suspeita dois dias depois do crime. Ela tinha informado à polícia o local onde tinha jogado a ferramenta e o telefone.

Durante as investigações, o delegado ouviu várias testemunhas, inclusive a família da suspeita. "Ela não tinha um histórico de crimes, mas mentia muito", pontuou o delegado. A família da vítima também prestou depoimento e, segundo ele, as informações dadas pela mãe contribuíram para a conclusão do inquérito.

"A mãe contou que na data do crime a Michele a procurou para falar que a Bruna não teria ido até a casa como tinha sido combinado e alegou ainda que tinha ouvido a vítima falando ao telefone com um ex-namorado e que tinha planejado fugir com ele", disse o delegado. Para ele, isso foi feito na tentativa de evitar que a família denunciasse logo o desaparecimento da adolescente. Com isso, daria tempo para tentar se desfazer do corpo e fugir. Ela pretendia ir para uma fazenda onde mora a mãe e levar o bebê, que já dizia ser dela.

Roubo de bebê
A família da vítima contou que a adolescente tinha conhecido a mulher em um posto de saúde da cidade havia dois dias antes da morte. A manicure, que fingia estar grávida para o marido e familiares dela, disse que tinha ganhado muitas roupas em um chá de bebê e que queria doar parte delas para a filha da adolescente, segundo o pai de Bruna, Gilberto Alves Guiaro.

A polícia conseguiu prender a suspeita porque Bruna tinha dito para os pais que iria na casa de Michele. Junto com a polícia, eles foram até a casa da suspeita e depois na casa da vizinha com quem Michele tinha deixado o bebê recém-nascido. Os avós reconheceram a criança e logo a polícia saiu em busca da suspeita, que confessou o crime. Ela alegou que 'precisava' da criança porque tinha dito para o marido e para os familiares que estava grávida, mas não era verdade. A manicure está detida na Cadeia Pública de Água Boa, a 736 km da capital.

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

NOTÍCIAS RELACIONADAS

ENVIE SEU COMENTÁRIO