Uma grávida de 36 anos teria sido sequestrada e supostamente forçada a ter o bebê, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. O marido dela denunciou que a mulher foi sequestrada no último dia 7 na Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis e levada para ter o bebê em uma casa. Três pessoas teriam levado a vítima para Cuiabá, onde ela foi deixada na rodoviária do Coxipó. A mulher conseguiu fazer contato com o marido nessa terça-feira (14).
A Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). A mulher ainda vai passar por um exame de corpo de delito nesta quarta-feira (15) e vai depor sobre o suposto sequestro e parto. Um boletim de ocorrência por sequestro e cárcere privado foi registrado na Polícia Militar.
Não há informações sobre a criança e nem se os supostos sequestradores foram identificados. A assessoria de imprensa da Santa Casa de Rondonópolis informou que não foram encontrados registro da paciente na data alegada. No entanto, está está levantando informações. Câmeras de segurança do hospital também devem ser analisadas.
O marido chamou os policiais militares e relatou que deixou a mulher na frente da Santa Casa de Rondonópolis, onde supostamente já tinha marcado para fazer o parto. A mulher ficou sozinha no local e o marido foi trabalhar. A vítima disse que foi abordada por uma mulher loira que fez perguntas sobre a gestação e o sexo do bebê. Em um determinado momento, um casal se aproximou e demonstrou conhecer a mulher que conversava com a vítima.
Uma das pessoas se ofereceu para buscar água para a grávida, que aceitou o favor. Ainda conforme o relato da vítima e do marido, a grávida ingeriu a água oferecida pelo suspeito. Ela diz que começou a sentir sonolência, depois de ter bebido a água, e comentou com a mulher que não estava se sentindo bem.
A grávida relatou que foi levada pelos suspeitos até um veículo e só se recorda ter acordada na frente de uma casa, ao qual não sabia o endereço. Os suspeitos abriram o portão e levaram a mulher até um quarto montado com equipamentos médicos. Ela diz que foi colocada sobre uma maca e teve o parto induzido pelos suspeitos.
Os suspeitos disseram para que a mulher ligasse para o marido, após o parto, e contasse que teve complicações e que teria que ir para Cuiabá. A vítima comentou aos policiais que ficou o restante da semana refém dos suspeitos, até que foi deixada ao lado de um supermercado. Somente então ela teria conseguido fazer contato com o marido dela. A mulher foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
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