Mato Grosso, 16 de Abril de 2024
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Marido suspeito de agredir médica tem prisão decretada em Cuiabá

29.04.2016
10:00
FONTE: G1MT

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  • Médica Camila Tagliari
O empresário de 34 anos, acusado de espancar a mulher, a médica Camila Campagnoli Tagliari, de 29 anos, em março deste ano, teve a prisão preventiva decretada pela juiz Jamilson Haddad Campos, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, de Cuiabá.

A decisão foi tomada após um depoimento prestado pela médica no Ministério Público estadual, em que ela se dizia amedrontada com a proximidade do marido. Após ser denunciado, o empresário foi obrigado a manter uma distância mínima de mil metros da mulher e da enteada, de 11 anos. O perímetro, no entanto, foi diminuído, baseado em um pedido feito pelos advogados do empresário.

De acordo com o advogado Rodrigo Leite, que representa o acusado, a defesa ainda analisará o processo para entender as alegações feitas pela Justiça.

Após o caso vir a público, o empresário chegou a ser preso em flagrante por lesão corporal grave, mas foi solto após uma audiência de custódia. No procedimento, a Justiça havia determinado que o agressor se mantivesse a uma distância mínima de mil metros da mulher e da enteada, além de usar tornozeleira eletrônica. Posteriormente, porém, a defesa do empresário solicitou que houvesse a diminuição do perímetro para 200 metros, pedido que foi atendido pelo juiz plantonista.

A justificativa apresentada pela defesa no pedido, à época, foi de que o empresário e a médica frequentam os mesmos lugares e a proximidade entre o casal nesses ambientes fazia com que o dispositivo, chamado de "botão do pânico", fosse acionado. O equipamento é disparado automaticamente quando há a proximidade entre a tornozeleira eletrônica usada pelo agressor e um dispositivo que fica de posse da vítima.

Segundo o advogado da médica, Dauto Passare, o "botão do pânico" foi disparado com frequência devido à proximidade do casal em alguns locais. No entanto, ainda segundo ele, a cliente relatou que continua se sentindo amedrontada. “Ela estava mais segura com a antiga distância. Agora, ela e a filha se sentem ameaçadas”, afirmou.

Agressões
As agressões ocorreram em março deste ano, na residência do casal, em um edifício no Bairro Duque de Caxias, na capital. Quando os policiais chegaram ao local da agressão, o empresário estava trancado no apartamento e a polícia teve de arrombar a porta para detê-lo.

À polícia, a vítima, que apresentava lesões no rosto e no braço direito, relatou que participava de uma confraternização com o marido e que, ao retornarem para casa com a filha, ela e o empresário se desentenderam na garagem do condomínio.

Durante a discussão, como ela informou à polícia, ele ficou descontrolado e passou a agredí-la com puxões de cabelo, tapas e socos. Em meio à agressão, Camila disse ter perdido a consciência. Nisso, ele a levou para o apartamento, onde continuou as agressões. As cenas de violência foram presenciadas pela filha dela, de 11 anos.

Por causa das agressões, Camila sofreu fraturas no nariz e teve o tímpano perfurado. De acordo com o advogado Dauto Passare, a audição da médica foi danificada e ela segue em tratamento. O casal ainda está legalmente casado, no entanto, não moram mais juntos desde o ocorrido. Ainda segundo o advogado, Camila pretende se divorciar do marido.

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