De autoria de Dirceu Cosma (PV), Gilson Baitaca (PMDB), Airton Callai (PSB), Cleusa Marchezan (PT), Demétrio Cézar (PDT), Gilson Gregório (PSDB), Fernando Pael (PT) e Pedro Gois (PPS), à moção de repúdio à Rota do Oeste, foi dado parecer favorável por oito votos a um, em única votação, tendo apenas o voto do vereador Roberto Barra (PMDB) como contrário.
Segundo os autores, o objetivo é tornar público a insatisfação frente à empresa que assumiu as obras de diversos trechos da BR-163, como parte da terceira etapa do Programa de Investimentos em Logística do Governo Federal, lançado em 2012.
Conforme disposto no projeto, por meio do Programa, investimentos são captados para alavancar a qualidade das rodovias federais de grande importância logística para o País. No caso da BR-163 não é diferente. Ao longo dos 30 anos de concessão, cerca de R$ 5,5 bilhões serão investidos somente no trecho situado em Mato Grosso, principal rota de escoamento da safra de grãos do Brasil.
Para tanto, foram instaladas ao longo da BR-163, para recebimento de pedágio nos trechos onde estão sendo realizados os investimentos, nove praças de cobrança - distribuídas nos 850 km de pistas concedidas à Concessionária.
A arrecadação do pedágio remunera todos os investimentos a serem feitos na rodovia nos próximos 30 anos, além da prestação de serviços neste período. Além da duplicação dos 453,6 km de pistas sob a responsabilidade da Rota do Oeste. Salientando ainda, que os outros 400 km são de responsabilidade do DNIT, nos quais serão construídos novos trevos, pontes, viadutos e entroncamentos. Além da manutenção de toda a rodovia que deve ser contínua.
A grande insatisfação, não apenas por parte dos vereadores, como de grande parte da população, vem do fato da referida empresa fazer propaganda divulgando suas ações, de forma genérica, ao invés de mostrar ‘in loco’ o que será feito no trecho a ela concedido. Algumas extremamente urgentes e imprescindíveis que ainda não estão sendo implementadas, e outras que chega a causar perplexidade por estarem sendo colocadas em prática.
Uma ação extremamente necessária é o rebaixamento da pista em relação ao acostamento, uma vez que o desnível ali existente vem aumentando o número de acidentes em praticamente todo trecho da estrada. Além do fechamento do acesso a um posto de combustível – localizado à margem da rodovia, no perímetro urbano de Lucas do Rio Verde, trazendo prejuízos à economia local – no caso do proprietário do comércio – e tirando o direito dos motoristas de utilizarem os serviços desse auto posto.
“Nós temos que esclarecer que toda competência dessa concessão é do Governo Federal, mas temos questões locais que são de interesse de nossa sociedade, que interferem diretamente na economia do município. No momento em que fazemos essa moção, estamos representando todo o povo luverdense que se sentiu prejudicado de alguma maneira, pela Rota do Oeste”, explicou Gilson Baitaca.
ENVIE PARA UM AMIGO
