O Ministério Público do estado (MPE) pediu a internação provisória do adolescente suspeito de atirar num colega dentro do banheiro da escola estadual onde eles estudam em Cáceres, distante 250 km de Cuiabá. Também foi pedida a internação do menor de idade que teria fornecido a arma do crime. A Polícia Civil praticamente descartou a hipótese de disparo acidental, como disse em depoimento o suspeito de ter atirado, e sustenta a tese de tentativa de homicídio. O inquérito deve ser finalizado nesta semana. O caso ocorreu na tarde da última quarta-feira (27) e corre em segredo de Justiça.
O menor baleado, que tem 15 anos, foi atingido no rosto e hospitalizado. O G1 entrou em contato com o hospital, mas até a publicação dessa matéria não obteve resposta a respeito do estado de saúde dele. “Essa versão de que o tiro foi acidental praticamente caiu por terra no decorrer da apuração”, disse a delegada Mariell Antonini Dias, da Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente do município.
O suspeito de ter efetuado o disparo disse à polícia que encontrou o revólver, que é calibre 38, numa lixeira em frente à escola. Mas, segundo as investigações, a arma foi levada por um colega dele, que também estuda na unidade de ensino. “Esse revólver tem registro e pertence ao avô desse adolescente, que tem porte de arma”, disse Mariell.
Os dois menores estariam envolvidos em uma rixa com estudantes de outra escola e iriam brigar com esse grupo, por isso providenciaram a arma, afirma a Polícia Civil. O tiro foi disparado quando o suspeito da tentativa de homicídio foi até o banheiro para mostrar a arma aos amigos. “O adolescente baleado estava no banheiro nessa hora e começou a chamar o colega de bandido, porque bandido que leva arma à escola. Ele não gostou e atirou”, disse a delegada.
Ao ser ouvida pela Polícia Civil, a vítima disse que o suspeito levou a arma à escola por conta de rixa com uma gangue rival e que foi baleado por ter criticado essa atitude.
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