Mato Grosso, 26 de Abril de 2024
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Multidão enfrenta chuva na Parada da Diversidade Sexual em Cuiabá

29.11.2014
02:44
FONTE: G1

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  • Evento começou com garoa e terminou com chuva em Cuiabá
Sob chuva e calor, integrantes de comunidades LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais eTravestis) participaram da 12ª edição da Parada da Diversidade Sexual, em Cuiabá, na tarde desta sexta-feira (28). Durante a concentração na Praça Ipiranga, o início da chuva fez com que os participantes lotassem o coreto no centro da praça e tendas armadas pela equipe de organizadores do evento. A passeata partiu da Praça Ipiranga e seguiu pelas avenidas da região central da cidade até a Praça Oito de Abril.

O preconceito e a violência contra homossexuais, principalmente travestis e lésbicas, é um dos motivos pelos quais eles formam às ruas nesta sexta-feira, disse Clóvis Arantes, da ONG Livre Mente. Para ele, os travestis estão em situação de maior vulnerabilidade e, por isso, sofrem com a violência. "Os travestis são as maiores vítimas porque é visível a opção sexual", afirmou.

Já em relação às lésbicas, ele alegou que o tratamento dado a elas é diferenciado ao das mulheres. "Em uma unidade de saúde, o médico e a atendente tratam a lésbica, que busca fazer exames preventivos, de maneira diferente. Não estou falando que precisamos ser aceitos, mas que queremos respeito", pontuou.

A principal reinvidicação da classe é a aprovação do projeto de lei que torna a homofobia crime. Segundo Clóvis, o projeto foi reprovado e depois engavetado pelo Congresso Nacional.

Um dos participantes da Parada Gay 2014, o antropólogo e professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Marco Aurélio da Silva considera o evento importante para que as pessoas passem a enxergar a homossexualidade com naturalidade. "É preciso mudar essa visão de que homossexualidade tem que ser algo escondido", defendeu.

Bissexual, a estudante Keila Lais dos Santos contou ao G1, durante a concentração, já ter sofrido discriminação. Ela estava em um bar com a namorada dela quando pediram que ambas se retirassem do local. "Procurei um advogado porque achei um absurdo o que fizeram comigo, mas ele me disse que só poderia entrar com um processo se tivesse provas", lamentou.

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