O Comitê Municipal de Acompanhamento e Assessoramento às Ações de Controle em Vigilância em Saúde esteve reunido na última sexta-feira (28), para debater a atual situação do município em relação às enfermidades transmitidas pelo aedes aegypti. Entre as situações debatidas, as notificações para dengue, zika vírus, chikungunya e o aumento do índice larvário, saindo de 0,32% e chegando à casa dos 2,48%.
Segundo a coordenadora do departamento de Vigilância em Saúde, Sílvia Fleming, desde o início de janeiro de 2016 até o momento, o departamento teve 1.827 notificações para suspeita de dengue com 400 casos confirmados; 383 notificações para zika vírus com 307 casos confirmados e 46 notificações de chikungunya com dois casos confirmados.
Sílvia também salientou que o índice larvário aumentou nesta semana, chegando a 2,48%. “Com a incidência de dias quentes e chuvosos, o índice está aumentando significativamente. É necessário redobrar a atenção, não podemos de modo algum descuidar agora”, pontua Sílvia.
No quinto ciclo, que fechou na primeira quinzena de outubro, o índice era de 0,32%, dentro dos limites recomendados pelo Ministério da Saúde de 1% e menor do que o índice medido em 27 de setembro de 0,50%. Contudo, com o período mais propício, o índice aumentou consideravelmente em poucos dias, “passamos a encontrar mais larvas positivas nos depósitos tipo D2, B e D1”, explica a coordenadora.
Sílvia destaca que apesar do ciclo de vida do aedes aegypti ser rápido, é possível manter a casa e o quintal livre do mosquito ao dedicar um pouco de tempo na limpeza dos depósitos. Do ovo à fase adulta o mosquito leva de cinco a dez dias, “então se for realizada a verificação e a eliminação dos criadouros uma vez por semana, é possível interromper seu processo de desenvolvimento”, ressalta.
O ovo do mosquito é pequeno e escuro, razão pela qual é difícil enxergá-lo. Ele é depositado nas paredes do criadouro, que deve ser escovada para a remoção. Em contato com a água, se ficar no prato, o ovo pode eclodir em dez minutos. “E esse é o tempo –dez minutos- recomendado para uma checagem semanal em possíveis focos, a fim de combater a proliferação”, lembra Sílvia.
O inseto transmissor da dengue está presente hoje em mais de cem países, e atualmente é o mosquito com maior preocupação na área de saúde pública em todo o mundo.
Conheça os tipos de depósito e remova qualquer possibilidade de criadouros:
GRUPO B - DEPÓSITOS MÓVEIS
GRUPO B: vasos/frascos com água, prato, garrafas, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais, materiais em depósitos de construção (sanitários estocados, dentre outros), objetos religiosos/rituais.
GRUPO C: Tanques em obras, borracharias, hortas, calhas, lages e toldos em desníveis, ralos, sanitários em desuso, piscinas não tratadas, fontes ornamentais, floreiras/vasos em cemitérios, cacos de vidro em muro, outras obras arquitetônicas (caixas de inspeção/passagens).
GRUPO D - PASSÍVEIS DE REMOÇÃO/PROTEÇÃO
GRUPO D – D1: Pneus e outros materiais rodantes (câmara de ar, manchões).
GRUPO D – D2: Lixo (recipientes plásticos, garrafas, latas), sucatas em pátios e ferro velhos (PE), entulhos de construção.
Recomendações especiais para verificação em residências:
- Veja se acumulou água nas calhas e telhas da sua cada e retire as folhas;
- Verifique se tem água acumulada nos ralos;
- Verifique se tem água na bandeja da geladeira;
- Olhe se tem água na bandeja do ar condicionado;
- Veja se tem água acumulada nas plantas;
- Verifique se a tampa do vaso sanitário está fechada;
- Olhe se lonas ou plásticos estão esticados borda da piscina (plástica também) está limpa;
- Veja se os baldes estão secos ou se há outros lugares na casa que acumulam água.