Mato Grosso, 29 de Março de 2024
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Padrasto preso alega que batia em crianças de 1 e 2 anos para 'corrigir'

17.04.2015
17:36
FONTE: Denise Soares/G1 MT

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O instrutor de artes marciais, de 31 anos, preso suspeito de torturar os dois enteados, de um e dois anos, disse em depoimento à Polícia Civil que batia nas crianças para ‘corrigir e disciplinar’. Ele foi preso na quinta (16) e interrogado nesta sexta-feira (17) na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, da Criança e do Idoso de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.

As agressões foram denunciadas pela babá que cuidava dos meninos. As crianças apresentavam ferimentos graves nas costas, nas pernas e nádegas. “Ao ser interrogado o suspeito afirmou que se ‘excedeu’ nos meios de correção e como ele [a criança] resistiu à ‘disciplina’, ele abusou dos meios de correção”, informou a delegada responsável pelo caso, Daniela Silveira Maidel.

Pelas investigações e depoimentos, a polícia descobriu que a criança menor, de apenas um ano e oito meses, foi quem mais sofreu agressões. A delegada investiga se existiam ciúmes por parte do padrasto em relação ao bebê.

“As investigações apontam que a criança menor tem mais lesões pelo corpo. Durante o interrogatório o suspeito nos revelou que a mãe tinha mais afeto pelo menor. Então, é uma dedução que a criança seria um alvo de ciúme do suspeito e por isso as agressões se concentrariam nele”, justificou.

O instrutor morava com a mãe das crianças há seis meses. A mãe dos meninos, de 20 anos, espera um filho do suspeito. Conforme a delegada, a participação dela ainda é investigada. “É uma absurda desproporção. Um homem adulto, forte, que se intitula como professor de artes marciais surrar uma criança de 1 ano e oito meses é um absurdo. A história de disciplinar não nos convenceu”, pontuou Maidel.

A polícia ainda não tem certeza de há quanto tempo os irmãos sofriam as agressões. “Elas [as agressões] têm diversas ‘idades’, são lesões recentes e antigas. Isso nos passa que essas crianças vinham sendo agredidas ao longo de um tempo. Por isso essa tipificação de crime de tortura e não de maus-tratos. [A agressão] era recorrente e ficou evidente que ele queria impor à criança um sofrimento físico e emocional e não só corrigi-la”, finalizou a delegada.

Em depoimento o suspeito acusou a mãe dos meninos de também ter cometido as agressões. No entanto, a mãe negou e disse que todas as agressões foram cometidas pelo namorado. A mulher afirmou à polícia que não o denunciou em virtude das graves ameaças que ele fazia contra ela. Os irmãos estão sob a guarda do Conselho Tutelar de Várzea Grande.

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