Mato Grosso, 24 de Abril de 2024
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Pais fazem homenagem a estudante de medicina após 1 ano da morte

28.12.2015
12:54
FONTE: Denise Soares/G1 MT

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  • Pais fazem homenagem a estudante de medicina após 1 ano da morte
Os pais do estudante de medicina Éric Francio Severo, de 21 anos, assassinado a tiros em dezembro de 2014 após ter a caminhonete roubada, instalaram um outdoor em homenagem ao filho, às margens da BR-163, entre Lucas do Rio Verde e Sorriso, respectivamente a 360 e 420 km de Cuiabá.

O crime completou um ano neste domingo (27) e quatro pessoas estão presas acusadas de cometer o latrocínio. O universitário foi rendido após sair de um bar, para onde tinha ido com o veículo do pai na madrugada do dia 27 de dezembro de 2014, em Sinop, a 503 km de Cuiabá.

O estudante morava em Tubarão (SC) e passava férias na casa da família em Sinop.

Os acusados abordaram Eric, que foi amarrado e colocado no banco traseiro da caminhonete. Um dia após o desaparecimento, uma equipe de policiais encontrou o corpo de Eric, com marcas de tiro na cabeça, em uma mata às margens de uma estrada vicinal entre o Distrito de Primaverinha, em Sorriso e Lucas do Rio Verde.

Duas fotos do estudante foram colocadas no outdoor com a seguinte frase: 'Aqui tiraram a minha vida e o meu futuro de médico e pai de família'. O painel também destaca a forma como o Eric foi morto: tiro na cabeça, pelas costas, amarrado.

“O que eles [os criminosos] fizeram foi um absurdo. Queremos chamar a atenção da sociedade para que a legislação mude. Não queremos deixar isso em branco. Sabemos que o outdoor tem um texto um pouco pesado, mas esse é o objetivo: passar a nossa realidade”, declarou Leonildo Severo, pai de Eric, que faz aniversário nesta segunda-feira (28).

Uma gruta com imagens de santos foi construída no local onde Eric foi encontrado morto. “Estamos péssimos. Chega essa época de final de ano, no Natal, e estamos tristes, abalados. Continuamos abalados porque não tinha razão [para o crime]. Eric não oferecia nenhum perigo, foi injusto com ele. Era um menino dedicado e nunca deu problema”, disse.

Atualmente a família do estudante de medicina faz um abaixo-assinado pedindo que os dois acusados do crime sejam punidos com mais rigor. A família quer que o crime de latrocínio passe de 30 anos para 50 anos de prisão.

“Latrocínio é uma coisa absurda e precisa ter a pena mudada. Já conseguimos 80 mil assinaturas e pretendemos chegar a 150 mil até abril para entregar ao Congresso”, afirmou.

Leonildo tem outro filho, Ícaro, de 20 anos, que é estudante de direito. “Ou apagamos tudo da pessoa ou tornamos isso útil de alguma forma para a sociedade. Até hoje não jogamos nada que era dele fora. A vida nos leva”, finalizou.

Presos
Segundo autos do processo, três homens e uma mulher são acusados do crime. Dois dos réus que trabalhavam como vigilantes, de 25 e 30 anos, estão presos na Penitenciária Osvaldo Florentino Leite Ferreira (Ferrugem), em Sinop.

A mulher, de 25, está detida no anexo feminino do mesmo presídio. Ela é casada com um dos assaltantes e teria dado apoio ao marido. O quarto acusado, de 31 anos, está preso em uma cadeia de Guarulhos, em São Paulo. Uma audiência do caso foi realizada há alguns meses e ouviu parte dos envolvidos. Uma nova audiência, ainda sem data, deve ser feita em 2016.

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