Mato Grosso, 25 de Abril de 2024
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Pais 'fecham' escola em MT por falhas na estrutura apontadas pelo Crea

09.12.2016
16:17
FONTE: Carolina Holland/G1 MT

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  • Sala de aula alagada em escola estadual em Canarana (MT)
  • Alagamento no pátio de escola em Canarana (MT)
Pais de alunos 'fecharam' a escola estadual 31 de Março, em Canarana, a 838 km de Cuiabá, nesta sexta-feira (9) para cobrar reforma na unidade. Eles alegam que não há condições de crianças estudarem ali por causa de problemas estruturais. Relatório do Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) ao qual não tivemos acesso diz que são necessários reparos o mais rapidamente possível por questões de segurança de estudantes e funcionários.

A reportagem procurou a Seduc (Secretaria de Educação), mas ainda não teve resposta da pasta.

A escola tem aproximadamente 700 alunos, é de ensino fundamental, e foi a primeira do município, tendo sido construída há aproximadamente 40 anos. Segundo a direção, o prédio passou por duas reformas, mas que não foram significativas.

Em vistoria feita no dia 6 de setembro, o Crea constatou que parte da estrutura está na iminência de ruir, que há vazamentos em vários lugares e que a fiação elétrica está exposta, o que pode provocar curto-circuito e risco de choques elétricos. Faltam vasos sanitários, há bebedouro improvisado e o prédio não tem sistema de proteção contra incêndio e pânico.

O laudo diz que a escola está com 'deterioração evidente', que a biblioteca está com mofo e ácaros, e que a iluminação das salas não é ideal para os estudos. Uma das quadras está com o piso tão áspero que não é recomendado que os alunos pratiquem esporte nela.

"Alertamos para que sejam sanados os vícios construtivos em breve espaço de tempo, para que não haja ampliação das patologias apresentadas e mais riscos à integridade da edificação e, essencialmente, resguardar a segurança dos frequentadores da unidade", diz o relatório.

Chuvas dos últimos dias alagaram a unidade e provocaram transtornos a estudantes e professores. "Alagou mais a parte de dentro do que a parte de fora. A estrutura é muito antiga e não oferece segurança para os meus filhos. Estou preocupada com a vida deles. Como mãe, eu participo desse protesto para defender o direito dos meus filhos de estudarem em segurança", disse a comerciante Rosa Santos, mãe de dois estudantes de 10 e 15 anos.

A diretora da escola, Valéria Moreira, disse está aguardando vistoria da Defesa Civil do estado para saber se o prédio é seguro. Também disse que pedidos de reforma na 31 de Março têm sido feitos à Seduc desde 2009, mas que desde então nada foi feito.

Maira Pertile, diretora regional do Sintep-MT (Sindicato dos Trabalhadores da Educação) disse que a escola está há muito tempo com problemas na estrutura física e que é preciso que passe por reforma ou até mesmo reconstrução. "Quando chove, chove dentro da sala de aula. E as fiações elétricas estão estragadas também", disse.

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