A Polícia Civil investiga um personal trainer que atuava com um suposto diploma falso em uma academia de Cuiabá. O profissional suspeito foi denunciado pelo Conselho Regional de Educação de Educação Física (Cref) após o órgão identificar irregularidades no registro de educador físico fornecido por ele. O homem foi detido nesta terça-feira (26), em Cuiabá, e foi encaminhado para a Delegacia do Consumidor (Decon) para prestar esclarecimentos.
De acordo o Cref, o homem atuava há mais de um ano em uma acadêmia da capital e dizia ter um registro profissional no estado do Rio de Janeiro. A situação levantou suspeitas após o homem pedir transferência do registro para Mato Grosso. Ao tentar realizar a operação, o órgão verificou que o número de registro não existia.
Segundo a polícia, o fato deve ser investigado pela delegada Ana Cristina Feldner, da Decon. A pessoa que atua com diploma falso pode responder pelo crime de exercício ilegal da profissão.
Irregularidades
De acordo com o presidente do Cref, Carlos Alberto Eilert, somente no primeiro semestre de 2016, oito pessoas que atuavam como educadores físicos com diplomas falsos foram descobertos em Mato Grosso. Ele explicou que os golpistas falsificam desde o histórico escolar até a assinatura da universidade.
“As falsificações geralmente são grosseiras. Nelas aparecem nomes de reitores que até já não estão mais nas universidades. Nesses casos nós denunciamos para a Polícia Federal e para o Ministério Público Federal (MPF). Depois disso eles respondem por exercício ilegal da profissão e dependendo do caso falsidade ideológica”, comentou.
O presidente alertou ainda que esse tipo de situação oferece grandes perigos para os alunos que se consultam com esses falsos profissionais. “O principal risco é em relação a saúde. O falso profissional, por não ter a formação adequada e necessária, pode recomendar exercícios errados e gerar lesões sérias como fissuras musculares ou até problemas incorrigíveis na coluna”, comentou.
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