Mato Grosso, 20 de Abril de 2024
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Pizzaiolo é condenado em MT por matar e queimar jovem em forno

20.11.2015
09:24
FONTE: G1 MT

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O pizzaiolo Weber Melquis Venandes de Oliveira, de 26 anos, foi condenado nesta quinta-feira (19) a 17 anos e seis meses de prisão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver da jovem Katsuê Stéfane Santos Vieira, de 23 anos, em fevereiro de 2012 em Cuiabá. Preso pouco tempo depois do crime e réu confesso, ele foi julgado pelo Tribunal do Júri.

A vítima foi morta com golpes de faca e depois queimada no forno da pizzaria de propriedade do pai de Weber, no Bairro Barbado, na capital. O corpo dela ainda está no Instituto Médico Legal (IML), em Cuiabá, até hoje e agora deve ser liberado que a família possa fazer o sepultamento.

Durante o julgamento, foram ouvidas cinco testemunhas de acusação. Algumas disseram que viram marcas de sangue em frente à pizzaria e, por isso, chamaram a polícia. Weber confessou o crime e disse que quando conheceu a jovem em uma boate sentiu uma vontade imensa de matá-la, por isso a chamou para usar drogas na pizzaria do pai dele.

Para tentar diminuir a pena, o advogado de defesa Paulo Fabrinny contestou o resultado do exame de sanidade mental, que não identificou problemas mentais nele.

Weber também responde pelos crimes de roubo e receptação. Imagens do circuito de segurança da boate onde eles estavam, localizada no Bairro Alvorada, perto da rodoviária de Cuiabá, mostram ele e Katsuê saindo juntos numa moto. A vítima deixou dois filhos.

Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), ambos teriam usado droga e consumido bebida alcoólica na companhia de outras jovens que se encontravam no local. Ainda segundo o MPE, por volta de 5h, Weber e Katsue teriam deixado o local para comprarem mais droga e a jovem não foi mais vista.

Quando chegaram à pizzaria, o rapaz teria se armado com uma faca e desferido três golpes contra a vítima, acetando a região do pescoço, o que fez com que a jovem “sangrasse profusamente, chegando a manchar diversas partes da pizzaria”. Na sequência, o réu teria queimado o corpo da jovem no forno e limpado o local, saindo em seguida.

“Após a vítima perder os sentidos, o denunciado atirou seu corpo no forma da pizzaria e acendeu o fogo. Enquanto Katsue queimava, num ato de extrema lucidez, o denunciado lavou o estabelecimento, demonstrando a sua intenção de não somente impossibilitar a identificação da vítima, como também, de apagar os vestígios do homicídio por ele praticado”, diz trecho da denúncia.

O corpo de Katsue foi encontrado pela polícia horas depois, quase totalmente carbonizado. A polícia foi acionada, por sua vez, por pessoas – arroladas como testemunhas no processo – que viram marcas de sangue escorrendo pela porta da pizzaria.

Weber confessou ter empurrado a vítima com uma pá para dentro do forno, colocado mais lenha e ligado o forno. Ele fechou a porta do forno e, enquanto o corpo queimava, tentou lavar o chão, jogando o sangue para debaixo da porta, em direção à calçada.

O acusado confessou ser usuário de drogas desde os 16 anos e que consumia o entorpecente quase diariamente. Ele negou que tenha mantido relação sexual com a vítima e afirmou ter se arrependido do que fez. 

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