O Poder Judiciário de Mato Grosso, por meio da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da capital, lançou o projeto Esperança, com objetivo de promover o acolhimento dos agressores de violência doméstica por psicólogos da clínica escola da Faculdade de Cuiabá ‘Leonor de Carvalho Ennes’. O evento foi realizado no último sábado (24 de setembro), na FAUC.
“Esse projeto busca que o agressor tenha conhecimento de como ele está inserido no ciclo da violência e nessa cultura machista da sociedade, de que forma ele pode ressignificar e como a iniciativa pode contribuir para que não haja repetição e que ele não volte a praticar esse tipo de violência. Aqui é uma oportunidade singular de prepará-los para as relações humanas”, defendeu o juiz Jamilson Haddad Campos.
O projeto Esperança trabalha ações educativas e preventivas com os agressores por meio de uma equipe multidisciplinar. A psicóloga Eliane Montanha explica que serão realizados 10 encontros semanais com cada grupo, aos sábados. “Será feito um acolhimento inicial e depois uma triagem. Vamos buscar compreender o que faz com que esse sujeito perpasse os direitos do outro. Posteriormente, aplicaremos o que chamamos de mudança de comportamento trabalhando em cima da psicologia”, explicou.
Serão atendidos pelo projeto homens que respondem a processos ou procedimentos pela Lei Maria da Penha na justiça. Segundo Jamilson Hadadd, a intenção é fazer com que o agressor tome consciência de que essa violência é grave e representa uma violação dos direitos humanos. Com isso, toda a população tende a ser beneficiada, uma vez que as reflexões trabalhadas nas sessões demonstram a preocupação do Poder Judiciário na busca de uma sociedade mais fraterna, humanizada e ética.
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