Mato Grosso, 29 de Março de 2024
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Polícia Civil cumpre mandado de prisão contra jovem que atirou no rosto de ex-companheira

20.07.2016
16:43
FONTE: Assessoria | PJC-MT

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O jovem que matou a ex-companheira com um tiro no rosto teve o mandado de prisão temporária (30 dias), cumprido pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), da Polícia Judiciária Civil, na manhã desta quarta-feira (20.07), pelo crime de homicídio qualificado.

O acusado de 18 anos, já estava preso por crime de roubo. Ele foi interrogado nesta manhã pelo delegado Antonio Carlos Araújo, que preside as investigações do assassinato da vítima, Hellen Lorrayne Miranda Prado, 18 anos, ocorrido no dia 26 de junho, em Várzea Grande.

No interrogatório, o suspeito confessou o homicídio cometido contra a ex-companheira,  afirmando ter feito uso de droga horas antes dos fatos e assumiu que colocou a arma de fogo no olho esquerdo da vítima, apertando o gatilho. O acusado também contou com detalhes o roubo praticado na segunda-feira (18.07). 

A vítima era ex-companheira do criminoso, com quem teve uma filha de menos de um ano de idade. A jovem foi atingida por um disparo de arma de fogo no olho esquerdo e chegou a ser socorrida com vida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), no entanto, foi a óbito no dia 27 de junho, no Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande.

Inicialmente, uma das testemunhas contou que Hellen Lorrayne estava em frente à casa, conversando com uma amiga, quando o ex-amásio se aproximou  com uma arma  de fogo, cano serrado. Ele teria pedido para que a ex lhe devolvesse suas “ferramentas”, referindo-se a instrumentos para praticar roubos. Durante a conversa, a arma teria disparado, acertando o olho da vítima.

No andamento do inquérito policial, outra testemunha informou que o acusado questionava Hellen Lorrayne sobre as “ferramentas”. Segundo a testemunha, era costume o suspeito intimidar a vítima, apontando a arma para cabeça dela. A moça pedia para que ele parasse com a “graça”.

O rapaz passou a empurrar a arma contra a cabeça da ex-convivente, por cerca de três vezes, e, na última, a arma disparou. Em seguida, o autor saiu gritando por socorro e acabou fugindo, deixando cair à arma de fogo no local.  A arma, uma espingarda calibre 24, cano serrado, foi apreendida.

A mãe da vítima contou à polícia que sua filha namorada o jovem desde os 15 anos, e estavam separados duas semanas, antes do crime. Em depoimento, a genitora relembrou que o genro era usuário de drogas, violento e não aceitava a separação.

Ainda com base nas informações do laudo de necropsia, foi constatado que o autor praticou a ação com requinte de crueldade, apontando a arma no olho esquerdo da vítima em curta distância, causando grave lesão encefálica, tornando impossível a defesa da jovem.

Conforme o delegado da DHPP, Antonio Carlos de Araújo, depois de desaparecido o criminoso se apresentou na Delegacia, acompanhado de seu advogado, no dia 04 de julho. “Na ocasião o suspeito foi interrogado e alegou que a arma havia disparado de forma acidental. Entretanto, após oitiva de algumas testemunhas, que se encontravam no momento dos fatos, foi confirmado que a versão do interrogando contrariava a verdade dos fatos“, disse.

Diante dos indícios,  a Polícia Civil representou pelo pedido de prisão temporária (30 dias), em desfavor do acusado.O mandado foi expedido pela Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, de Várzea Grande, pelo crime de homicídio qualificado.

A ordem judicial saiu na última terça-feira (19.07), quando o jovem já estava preso por crime de roubo qualificado, juntamente com seu irmão menor de idade, e outro comparsa.

Os três  foram presos, na segunda-feira (18), no bairro Cohab Dom Bosco, em Várzea Grande, após roubar pertences de duas vítimas no bairro Vila Sadia. Eles confessaram o roubo no interrogatório prestado na DHPP.

O acusado está recolhido na Penitenciária Central de Cuiabá (PCE). Agora será indiciado por homicídio qualificado cumprido no inquérito policial que será concluído antes dos 30 dias da prisão temporária. “É um crime hediondo contra mulher. Foi um feminicídio”, finalizou o delegado.

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